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Cordel-->Ouro não rima com choro - (as cores) -- 26/07/2007 - 10:57 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"CORES"
Autor: Carlos Silva

O PAN, A TAM...
Qual destas siglas mais foi comentada na mídia nos últimos dias?
O ouro do PAN, o CINZA da TAM, qual a cor para definir um país?
Qual a cor da dor da tarde noite de horror nos olhos e nos corações de tantos?
Mas, nas quadras, raias, tatames e pistas, só o ouro interessa.
Ou melhor: São três cores: AMARELA, PRATA E BRONZE. Bronze é cor? Nem me interessa saber.
Esqueceram que um sorriso (MESMO QUE FABRICADO PELOS HOLOFOTES GLOBAIS) apaga-se de forma alienada uma tristeza?
Ouro rima com choro? NÃO, é claro que não. Nenhum poeta cordelista diria que sim.
O AZUL da tela fria da TV, me deixa RÔXO e o sensacionalismo AMARELADO dos locutores me faz ficar VERMELHO de raiva, enquanto as CINZAS de quem sempre se vestiram de VERDE e AMARELO; jazem nos microfones da audiência competitiva das senhoras transmissoras de ilusões.
PS: 100, 200, 300 ou bilhares de medalhas de ouro não têm a menor importância já que muitos agora encobrem-se com as CINZAS de uma saudade eterna.


Não Carlos Silva
Digo que nenhum cordelista
Iria rimar ouro com choro
Naquele dia de conquista.
Aquele choro do ouro
Aquela cinza no choro
Chegava ao final da pista.

Como ouro não rima com choro
Na veloz corrida da Tam
O choro não rima com ouro
No pódio de um afã
Amarelo, prata e ouro
Não rima também com o agouro
Naquele dia dos jogos no Pan.

Cinza dos corpos queimados
O preto da fumaça no ar
Rima bem com a saudade
Dos que partiram pra lá
São cores daquele dia
E da ressaca da agonia
Que no coração vai ficar.

Não!... A cor vermelha do sangue
Com o cinza também não rimou
Não rimou a dor do bombeiro
Tirando corpos sem dor
Rima a dor dos que ficaram
Da cor das lágrimas que rolaram
Naquele dia de horror.

Realmente é o cinza
Essa é que é a cor
É o que restou de um todo
De um vôo que não chegou
É a verdadeira cor da saudade
De quem foi pra eternidade
Deixando somente a dor.

As cores que se define um país:
O cinza da impunidade?
Ou a cor preta do luto
Por falta de autoridade!
Ou a cor fúnebre da hipocrisia
Que vimos no dia a dia
No rosto da crueldade!

Será a cor de um congresso
Que temos aí sem moral
Ou a cor de uma corja
Que no poder quer ser o tal
A cor é de quem vai pintar
E de quem sabe barganhar
No Congresso Nacional.

Airam Ribeiro
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