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Poesias-->DE CORPO INTEIRO -- 31/01/2000 - 21:16 (antonio temoteo dos anjos sobrinho) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DE CORPO INTEIRO








Teus cabelos têm textura


das penas dos cisnes brancos,


têm beleza, são cheirosos,


macieza, são sedosos,


como os lírios dos barrancos.


Teus olhos têm alma e luz


d’agua que escorre em descida,


desce às baixadas em festas,


dá vida ao musgo, às florestas,


enchem meus olhos de vida.





Tua boca esvai-se em sorrisos


de garota acariciada,


se a chama do amor ondeia,


queima ofegante e volteia


outra boca enamorada.


Mas dos sorrisos deserta,


se a saudade de surpresa,


sem consultar a ninguém


chega com mofa e desdém


e lhe agasta a natureza.





O colo do teu pescoço


é querido e sempre amigo,


confidente nas mi’lhas dores,


nos maiores dissabores


me recolhe em doce abrigo.


As vezes bobo me esqueço,


que há tão pouco me perdia


beijando-o a cada segundo


c’o carinho mais profundo


e a mais profunda alegria.





Teus seios tufões bravios,


formosos, lindos, perfeitos,


deliciosos, infernais,


leves naves siderais


razantes sobre os meus peitos,


têm perfumes de açucenas


que do coração se escoam


e dos seus bicos rosados


pululam silfos dourados


que o amor e o sonho abençoam.





Teu ventre firme agasalha


na encosta dos meus desejos,


o teu umbiguinho gozozo,


indefinível, gostoso,


coberto sempre de beijos.


Deste ponto, então, despenco


à gruta da inspiração,


pois que o perfume, a fragância,


a beleza, a exuberância,


me acende ao gozo e a paixão.





Desço à rósea vassalagem


e de joelho ao servilismo.


Seduzido, sedutor,


curvo-me e beijo essa flor


nas fogueiras desse abismo.


Ágil no jogo, atrevido,


volto-lhe o dorso e abro em par,


as pern’as nádegas bastas,


à volúpia a que me arrastas


ao prazer de cavalgar.





E as pernas, desnudas pernas,


lindas num corpo de fada


quando encostadas às minhas,


são pernas de uma rainha


a minhas pernas convoladas.


E vão se abrindo de leve


para o anseio mais profundo


em que o prazer ofegante,


derrama sumo abundante,


fértil, gostoso e fecundo.





Os teus pés pagam promessas,


fortes marcas de expiação,


porque mesmo bem cuidados


pagam teus brabos pecados


se arrastando pelo chão.


Mesmo chatos, não são chatos,


rasteiros, não são vulgares,


vez por outra pedestal,


para a mais linda vestal


dos meus sonhos singulares.


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