Usina de Letras
Usina de Letras
246 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62152 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10448)

Cronicas (22529)

Discursos (3238)

Ensaios - (10339)

Erótico (13567)

Frases (50554)

Humor (20023)

Infantil (5418)

Infanto Juvenil (4750)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140788)

Redação (3301)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6177)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->A COISA FICOU FEIA -- 17/08/2007 - 15:10 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A COISA FICOU FEIA

A xoxota da mulher
É uma coisa tão bonita,
Alguns a chamam de xana
E outros de periquita,
Mas não importa o nome,
Pois o homem que a come
Geme sem dor e até grita.

Todo seu corpo agita
E o coração bate forte,
A mulher embaixo geme
Porque tem a mesma sorte;
Macho e fêmea têm prazer
Ambos sentem renascer
E até esquecem da morte.

A mulher quer homem forte,
Porém o homem deseja
Uma mulher delicada
Que no dia-a-dia o beija;
Mas o tempo vai passando,
Brigam eles vez em quando
E começa uma peleja.

Nenhum o outro apedreja,
Porém, ficam diferentes:
Ela está mal humorada
E ele rangendo os dentes;
Dois ou três filhos crescendo
E ambos envelhecendo
Com grilos em suas mentes.

O dois ficam meio ausentes,
Mas ele acha uma amante
Uns quinze anos mais nova,
Bem por isso interessante;
A esposa freqüenta a igreja,
Oxalá que Deus esteja
Nesse Templo Protestante!

Naquele inferno de Dante,
O casal está vivendo,
Ela vai pra onde quer
E o marido nem sabendo
Onde está sua mulher,
Pois a namorada o quer
Junto dela, se ardendo.

Dinheiro está perdendo,
Mas está gozando a vida,
A esposa virou beata,
Está salva, não perdida;
Ele pensa na menina
E nem sequer examina
Da esposa, a perseguida.

A sua mulher querida
Na igreja irmanou-se
Com o pastor de gravata...
Por graça apaixonou-se;
Ele esperto, qual raposa,
Abandonou sua esposa
E com a irmã ajuntou-se.

Embora difícil fosse,
O marido achou bom,
Pois há tempo degustava
Outro sabor de batom;
Só que ele não pensava
Que sua amante dançava
Música num outro tom.

Quando ele ouviu o som,
Já era tarde demais,
Encontrou a secretária
Pulando nos carnavais
Na Rua da Barra Funda,
Pelada, mostrando a bunda,
Gritando e querendo mais.

Nessa hora foi atrás
Da esposa tão querida,
Encontrou-a no sofá,
Letárgica, adormecida,
Com um copo ali ao lado,
Falando meio enrolado
Que era uma perdida.

O pastor veio em seguida
Trazendo a Bíblia na mão,
Exortando que os dois
Reatassem a união;
Se ambos prevaricaram,
As escrituras declaram
Que Cristo é a redeção.

"Somos filhos de Abraão,
Portanto voltem ao leito
Um ao outro dê o abraço
Esqueçam algum mal feito,
Se há algo sem aceite,
Busquem-me no gabinete
Que os recebo satisfeito".

Não há nada sem defeito
Neste mundo de ilusão:
Quando aquele cornudo
Foi dormir no seu colchão,
Antes da esposa abraçar,
Resolveu examinar
Aquela flor em botão.

Teve uma decepção,
Ao ver a sua merenda,
Outrora como uma flor,
Que vinha de encomenda,
Agora enrugada e murcha,
Parecendo uma bucha...
Era uma coisa horrenda.

Ninguém faça reprimenda
De eu contar o caso assim;
Temos que nos conformar,
Mas digo a você e a mim:
Nós temos que ter juízo,
Pois na Terra o paraíso
Um dia teve seu fim.

BENEDITO GENEROSO D COSTA
benegcosta@yahoo.com.br
DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui