Escrevo esses versos
Com olhos rasos de água.
São versos de mágoas
De uma alma na penumbra,
Entristecida e insatisfeita.
Ainda que singelos e imperfeitos
São sinceros, são verdadeiros,
Pois saem do profundo
De meu ser.
Sinto-me como ave
Que voa perdida
Em busca da própria sorte
Mas perdeu seu sul, seu norte...
Minha poesia, simplesmente,
Calou-se em meu coração,
Num silencioso estremecer...
E, tristemente
Busco um motivo,
Uma razão
Que justifique meu sentir,
A ausência de sonhos,
De fé e do meu sorrir.
Sandra Freitas
04/02/2005. |