Homenagem Póstuma ao poeta e pesquisador
folclorista Sebastião Nunes Batista
Falecido no dia 9 de janeiro de 1982
Por: Apolônio Alves dos Santos*
Quando eu soube a notícia inesperada
Que o colega poeta faleceu
Uma lágrima sentida me correu
Pela face tristonha amargurada
Exclamei com a voz fraca e cansada
Oh. Meu Deus esta vida é um mistério
Já está sobre o chão frio e funéreo
O que era na vida um grande amigo
Já está sepultado num jazigo
Sobre o chão do fantástico cemitério
Sebastião Deus te tenha em bom lugar
Ao lado da Santa divindade
Se encontrar lá na Santa Eternidade
Com CHAGAS seu pai, queira abraçar
Pois foi ele que aqui mandou-o buscar
Com a origem do nosso criador
Já sabendo que és pesquisador
Escritor de mais uma Antologia
Faça um Livro no Céu, de poesia
Pois no Céu também tem bom trovador
Dê lembrança à Romano e Josué
Um abraço apertado em Zé Camelo
E abrace também com muito zelo
Milanez e Sebastião José
Ao cego Aderaldo e João Quelé
E Leandro de Barros que produz
E a João Ataíde com Jesus
E os anjos, cantando o santo hino
Um abraço apertado em Ascendino
E um aperto de mão em Zé da Luz
Dê um abraço apertado em Zé Limeira
E dê outro em Silvino Pirauá
E em outro poeta que tem lá
Que se chama Romano do Teixeira
E Inácio que foi da Catingueira
Dê também um abraço em Canhotinho
Não esqueça de Antonio Marinho
E Zé Duda poeta do passado
Um abraço bem forte e demorado
No saudoso poeta “passarinho”.
(*) Cordelista paraibano, vasta produção, sobreviveu muitos anos vendendo folhetos na feira de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Faleceu em Campina Grande onde residia. Conheci pessoalmente o Apolônio, quando das nossas pesquisas sobre literatura popular no antigo NELL da UFPB. O convidamos para se fazer presente no curso de literatura popular ministrado por Zé alves sobrinho e alzir oliveira em Campina Grande.