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Contos-->Mulher Multiforme -- 13/04/2004 - 23:57 (Barbara Amar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
- Que história você inventou dessa vez? Tá correndo risco de vida, esse cara é um psicopata.
Dei de ombros. Todo mundo falando, o pessoal da rua, Copacabana inteira, daqui a pouco o Rio de Janeiro em peso batendo na minha porta - oh dia glorioso.
- Alô, alô. Tô viva, sabia?
- Menina, nem notei. Com essa vocação melodramática já estava pronta para interpretar a carpideira.
- Dunya, você é louca. No seu lugar ia à polícia, contratava um advogado ou sei lá. Mexa-se!
- Pra quê?

Dizem que sou doida (mentira), mandona (depende com quem), falo pelos cotovelos (quando posso - vivo sozinha, né?) e para fechar com laçarote dourado (meio clichê): PUTA (concordo). Mas não uma putinha qualquer, nem prostituta (sou amadora), a Rainha das Putas sim senhor. Messalina desvairada borboleteando em busca de um falo de mel. Troco de homens com a compulsão de uma consumista, já freqüentei, inclusive, um centro de atendimento a drogados, neuróticos, bulímicos e companhia limitada e sabem o que aconteceu? Excitei-me com o relato de um fodedor compulsivo, incapaz de resistir ao desejo/doença, daí apelando para a auto-satisfação. Tadinho. Um rapaz com esses dotes merece conhecer no sentido bíblico da palavra a Dunyasinha. Fiquei fazendo hora até ele sair. Oferecer carona nem pensar; escondi o carro e pedi que me acompanhasse até o ponto do ônibus (tanto bandido solto, você sabe) e ali mesmo, no meio da rua, escondidos atrás da marquise, insinuei-me com jeitinho e o favoreci com a especialidade da casa: um esplendoroso “fellatio”. Após o ato consumado se desesperou, entrou em crise, havia faltado com a palavra, blá, blá, blá.
- Besteira, gato. Assuma seu lado maldito. Nada de fobias, aprenda comigo.
Convidei Santiago para descansar a cabeça lá em casa (só a de cima) e apliquei-lhe meu tratamento padrão: erotismo em alta voltagem. Ao fim de uma semana estava curado, ou seja, trepando como nunca e sem carregar culpas. Volta e meia me procura, gostou da terapia.

Em geral, as mulheres são consideradas cópias de Eva. Eu não. Meu lado Lilith predomina, sou avessa às coisas certinhas. Sou durona, daquelas de engolir o macho (identifico-me com Zeus e não admito concorrência), reduzi-lo a condição de escravo, feminizá-lo, e caso me ofenda vê-lo espernear na roda de fogo. Também sou Lua, cálida sangrenta delirante e absurda lua. Tudo vejo e tudo sei, nada me escapa – questão de tempo.
Soberana dos Sonhos e Dona das Ilusões durmo com vocês, amamento-os com fantasias, meus filhos, meus homens.

13/04/04

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