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Poesias-->vox faucibus haesit -- 14/02/2005 - 11:57 (Rafael Campos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Somos nós os bons e velhos destroços do mundo,

os tons que os cegos não vêem como instante.

Somos a apologia, somos o verso, somos o amor distante,

a heresia, o assomo imerso no torpor profundo.



Somos o ébrio enevoado, a sujeira, a vereda sem retorno,

a corneta do arauto dando o som do fim do dia.;

dia que, feito eterno, não terminaria

nas belezas que a noite esconderia feito brilho em ouro.



Somos o assombro, o desgosto, o retorno, a lamúria,

certa fúria incestuosa de veneno cáustico,

confidencias, clamores, dizeres acústicos

(as dores das horas, perene penúria).



Mas o que poderiamos ser se a vida não nos desse as costas?

Talvez oásis, vento frio, forte café da madrugada...?

Seríamos a melancolia incessante, a alma dilacerada,

o ganho conquistado pelas mais altas apostas?



Não seríamos nada além do nada deposto em coisa alguma.;

o inverso dos fatos em todos os versos escritos nos becos.;

assim, haveríamos como sustentar os gritos secos,

estados sentidos, retidos na mesma ironia impura?



Nosso pesar é tal como enrubescida lâmina,

voz presa na garganta que nos chama feito flechas -

que amedronta as verdades encontradas apenas em brechas,

apenas em medos: segredos que se hasteiam feito flâmula.



E por entre a noite fria - clamo que me digam o que posso ser -,

sem temer que posso ser a mágoa ressentida e fria,

esquecer que já me fui um delirio de agonia

na calada previsão deste martírio a me conter.



Calo-me em receios, devaneios, excessos em alusão.;

fecho-me em descasos, inquietudes, perguntas para o ar.;

vejo minh´álma, sozinha novamente, pondo-se a definhar...

e aguardo o meu momento de cantar a melodia da ilusão.
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