cena de amor e paixão
Na sequência do amor, um fogo que gravita
nos corpos convulsos, nas línguas em esgrima
nas mãos que deslizam sobre os seios, pelos dedos
mágicos, que somem entre os pêlos do desejo.;
corpos se esvaindo de amor, intumescidos, que
nem mais distinguem o sabor interino que vem
pela úmida gruta ou na pele pelo suor que excede.;
pudores lacerados no rubor da face tímida
e medrosa e reticente, sim, não mais, sim, não
sombras de família que rareiam o prazer
do amor, nos dogmas e preconceitos ancestrais.;
corpos que se invadem mutuamente, dois
oásis rompendo os desérticos sinais do passado
querendo afiançar-se na doação total e plena.;
Na sequência do amor, ritual de complacência
uma sensação de volúpia, irrompida da periferia
do sexo, que reluta no medo e está inconsentido
no quarto que ainda não sorveu o último segredo...
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