Ele,
debatia-se numa nebulosa nuvem de gestos,
nadava no rio da fertilidade.
Contrações achatavam e alargavam a textura de seu mundo.
Sorria, sofria
bramia uma espiral crescente de fé e amor.
Buscava a luz no fim do túnel,
conclamava generosidade,
alimentava dor alheia,
acendia velas derretidas em lágrimas,
rogava gritos em cascatas de suores,
fazia juras,
e promessas imaculadas ardiam-lhe o coração.
Amava, amava impreterivelmente,
o porvir profetizado.
Mas,
ao redor,
os sonhos,
as mãos,
por nós pecadores,
abandonados,
já anunciavam o fim,
o óbito,
o adeus.
Quando presente se fez o pedido
e o desejo concedeu-lhe a graça,
de degustar amor próprio,
e assim,
Nascer pra vida.
Um belo choro irrompeu,
E tudo o mais,
Tornou-se história.
* Em memória de Jean-Baptiste Grenouille.
|