E dividindo o que são lembranças e o que são saudades.
Recortei um pedaço do meu corpo
E enxuguei teus olhos dentro dele.
Em outro, beijei teu sorriso.
Em todos, exalei o teu cheiro.
(Não. Não era cheiro de coisa guardada nem dividida.
Também não era triste como o verde dos teus olhos
Mas, isoladas, não sabiam amar como a brancura da tua pele:
Fragmentos de vidas que – juro! – não fui eu que recortei.)
--Era cheiro de coisa perdida. Incrustada para se fazer memória.
Era lixo. Era glória. Eram muffins de chocolate.
Eram dias de manhã e Eric Clapton na guitarra.
Eu frio, você calor.; já nem lembro a ordem dos produtos quando os fatores éramos nós.
Era edredon e a moto lá fora.—
Nessa Encruzilhada, choro Blues e flores perdidas.
Nessa noite-sem-verde-só-cinza, lembrança do pão quente com leite condensado e Ovo Maltine que nunca vou esquecer e possivelmente nunca vou experimentar.
“I wanna marry you” é o que toca na minha cabeça. Em um segundo: adeus velho mundo!
Em Setembro. God, juro que deveria ser outono para fazer sentido e caber nessa música que compusemos juntos!
“I never stayed anywhere
I´m the wind in the trees”
Alguém ao longe consola:
“It´s times like these you learn to live again.
It´s times like these you give and give again.
It´s times like these you learn to love again
It´s times like these time and time again".
Aqui dentro, só meu pranto:
“Would you wait for me forever” ou, pelo menos, até a próxima estação?