Melancolia
Andava triste, um homem absolutamente triste
À margem do azul dilacerante do oceano
Tangendo os pés
Entre sal e areia e sonhos e natureza
Tez contraída, ombros descaídos
O olhar diluindo-se no horizonte, fixo no nada,
claustro.
Do lado esquerdo a cidade
Em movimento frenético
Acordando nos engarrafamentos
Sem lhe dar importância,
Indiferente à sua pouca sorte
Indiferente ao semblante quase amargurado
De um homem sem olhar
Nutrindo-se nos últimos fios de amor.
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