Ao ver, pela manhã, bem cedinho,
Cada gota de orvalho,
Que desliza suave, de mansinho,
Sobre as pétalas de uma rosa,
Parece que do meu corpo
Se desprende uma centelha
A querer provocar em mim
Um incêndio de amor.
Tal qual uma abelha,
Rouba o néctar e o aroma da flor,
Seu nome, grito, chamo!
Vejo que minha voz ali então ecoa
E, do eco, me vem uma sensação boa,
De estar ouvindo, bem baixinho, Um sussurro
Um sussurro em forma de carinho.
Fecho os olhos e imagino vc por perto,
Ali no meu jardim,
Bem juntinho de mim,
Com seu sorriso franco e aberto,
Refletido nas flores e nos ramos,
A irradiar ternura,
A me olhar e me dizer:
Te amo!
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