Água
Faz caminhos na pedra,
Constrói ribeiros,
Desce barreiros,
Deita a terra em seu lençol,
Salta em cataratas,
Banhando o rouxinol.
Sacia dos pássaros a sede
Guia o viajor em peregrinação
Rega a terra com frescor
Faz crescer no pântano a plantação.
Volumosa ou gotejante,
É suficiente e impetuosa,
Não há quem possa vencê-la,
Seu mistério é o renovo,
É tolice combatê-la
Deixa-se ser vista e sentida,
Jamais tateada.
Não há quem possa lhe conter,
Quando passa leva tudo,
Sem ela não se pode viver.
Jair Martins
27/01/05 - 03:27h |