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cronicas-->Mão na Massa -- 04/07/2003 - 17:55 (Marcos Pedreiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Fiquei por algum tempo sem levantar paredes de texto com blocos de palavras. Queria faze-lo, mas algo me impedia. Não sei explicar, acho que esse entrave vinha de que no fundo eu desejava me saber lido, e não era. Como criança que precisa de incentivo para ir bem na escola, eu olhava as estatísticas de leitura, em busca do público que (não) esperava mais textos.
Agora mudei. Não interessa saber quantas vezes e quanto minhas paredes serão lidas. Afinal, não faz parte do meu metiér estes egocentrismos. Pedreiros fazemos obras - casas inteiras, prédios, ou partes como alicerce, parede, reboco e telhado - para ganhar nosso pão e/ou nos sentirmos úteis; não para receber elogio. Pelo contrário, o comum é ouvirmos reclamações, quando alguma coisinha parece mal-feita para o dono da construção ou mestre-de-obras. E também não interessa se a madame vai dizer "Que serviço bem feito!", ou se outro pedreiro meterá o pau no serviço. Pra mim é como se um cachorro chegasse, erguesse a pata e mijasse.
Tenho que trabalhar com entusiasmo, no entanto. Meter a mão na massa e fazer uma casa, duas, um quarteirão, vila, cidade. Alguém poderá morar nelas, mesmo que precariamente. O certo é que elas virarão pó, como seu humilde construtor e as máquinas que por ventura a derrubarem. Mais cedo ou mais tarde. Faz parte (eis o rapper pedreiro - quem quer ser meu parceiro?).
Chega de enrolação. Todo trabalho, pequeno ou grande, tem sua parte mais difícil na magia do começar. O resto é coragem, e quebrar pedra.
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