Ah, professorinhaa do Instituto de Letras!
Que passa por mim sem me perceber…
Teus cabelos de oiro e tua pele de marfim,
teu corpo como torre elegante e esbelta
que percorre a senda de livros e manuscritos
semeando em nós os desejos puros e impuros.
Ah, professorinha do Instituto de Letras
Como gostaria de trepar em teu corpo - palmeira,
e colher teus beijos em teus lábios doces,
perder-me na folhagem de tua coma,
mordiscar suave os teus belos cachos
que trazes firmes em teu busto de Minerva e Vênus,
explorar com meus dedos discentes
todos o teu caule feminino.
Quero embebedar-me com o néctar de teu corpo,
quero embebedar-me com o sumo de tua flor
que trazes no teu baixo ventre,
escondida ntre tuas coxas.
Ah, professorinha do Instituto de Letras!
Como gostaria de aprender braile contigo,
através do manual de luxúria que é o teu corpo.
Nele, aprenderia (como jovem aluno) os mistérios
do orgasmo e da beleza noturna e natural das amazonas.
Como gostaria de escrever em teu corpo
- com minha caneta - meus poemas eróticos
e a magia do aleph e do ômega do prazer.
Tua boca, tua boca sugaria a minha
e a minha caneta, eu a introduziria em ti,
e nós dois seríamos doutores em pecado e amor.
Nossos corpos se saciariam na volúpia cósmica
e nossas almas atingiariam o gozo carnal…
Ah, professorinha do Instituto de Letras!
Sei que és doutora mas não sei o teu nome.
Sei que és bela - bela e provocante como as ninfas -
e que me tira a concentração nos estudos.
Sei que és bela e quero-te lasciva fogosa
em meus braços de estudante. Quero-te em minha cama
eu e tu, corpos nus
a pecar alegremente.
Só sei que te desejo,
Professorinha do Instituto de Letras.