Brasília, 27/fev/2005
Algo muito singular aconteceu –
e assim o chamo por absoluta falta de palavras –
no momento em que nossos corpos,
embora colados, emudeceram,
e fisicamente esgotados,
deixaram um lugar fora do espaço,
um momento fora do tempo,
e as vozes do nosso coração –
e digo nosso porque assim se fizeram,
de dois apenas um ficou -
e um transe conjunto se deu
e desse transe inexplicável
um novo gozo nasceu.
Você não pôde entender,
tampouco e menos eu.
Um orgasmo.
Da alma.
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