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Poesias-->Parâmetros e Pontos no Asfalto -- 03/03/2005 - 03:18 (Orlando Miranda) |
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Gostava tanto das estrelas
Amava o sol, vivia na rua
Destratos lhe cortavam o coração
E nos seus caminhos sempre adiados,
rodeando foi seus fatos
Morreu caindo ao solo, no sol
no meio do dia na rua,
essa foi sua ultima lua...
Quando criança sonhou ser astronauta
E os adultos parabenizavam seu desejo
Calou-se porque nunca quis contar
que seu verdadeiro desejo,
era cuspir lá de cima
E foi... cresceu virou adulto
Por muitos anos seus passos andaram
Nunca se achou velho
Vaidoso, pintava seus cabelos já brancos
com cores que julgava serem da moda
Homem feito, se apaixonou pelas palavras
Gemeu em cima de sulfites,
na velha máquina estragada
carregada de alegrias e, também de lágrimas
Ninguém ouviu seu único suplício explícito,
nem sua última palavra...
Subiu as alturas... Em um prédio,
depois de chorar suas próprias lágrimas
Jogou-se para seu único e último vôo
Assim se foi...
Talvez ver os astronautas
os quais sempre gostou,
por querer ver o mundo lá de cima
Quem sabe só se deu ao vento
que rolou pelo seu rosto
num espaço de tempo...
Mas o fruto desse intento,
não valeu por todos seus sentimentos
Do alto ao chão do chão ao alto...
Lembranças, Olhos de Deusa
Grito Poético, Momentos Monumentos
Andarilhos da Rua do Porto,
...em que Porto seus momentos foram parar ?
Baseado no Amor e na Loucura,
esses foram seus livros
Fica uma estória, se vai uma vida
O fim dessa viajem foi o encontro ao solo...
Escreveu nessa passagem,
muito mais que marcas para lembrança
Caído alí no asfalto...
ficaram pedaços de esperanças
No meio do dia e no sol,
que para ele foi sua última lua...
Dedicado ao grande poeta e amigo
Arnaldo Ribeiro em memória
orlando-miranda@ig.com.br
visite:www.algemapoetica.hpg.com.br
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