DE VOLTA À IDENTIDADE
“depois, num crescendo de cólera e de angústia, se referiu à mácula que para sempre lhe sombrearia o nome”. Euclides da Cunha, Os Sertões, p. 347.
Concubina... feroz... foi-se ela embora
da casa em que forçando a barra entrou.
Bem certo, ela saiu de porta afora
forçando a barra como aqui chegou.
Que grande alívio essa mulher sem hora,
sem pejo ou siso nos proporcionou,
quando aos estorvos, bruta, essa caipora
ao seu passado incasto retornou.
E lá entre os pares, na promiscuidade,
nos leitos em que tudo se consente,
na permissiva, rubra cavidade...
receba dutos grossos, sêmem quente...
retorne a antiga e vera identidade
que lhe deu nota e fama condizente.
|