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Poesias-->ÓPIO -- 08/03/2005 - 15:44 (Rômulo Venades da Rocha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
ÓPIO



Why don t we do it in the road?

No one will be watching us

Why don t we do it in the road?

The Beatles*



Elizabeth, seu nome faz-me delirar.

Fico louco se não lhe tenho,

Elizabeth.



A cada dia mostra-me o mundo, a vida.

Sem ti não valho,

não vivo

sem seus carinhos

inebriados,

embriagados.



Um véu de fumaça

corta meus sonhos,

uma cortina de lírios

descortina-me em delírios.



Preparas-me para uma vigorosa noitada,

a dois,

a três,

a tantos.

E a quantos seduzes!



Elizabeth



Sorrisos,

alegrias,

vislumbres.



Uma rajada de pensamentos perpassa-me como raio.

Uma idéia nova perambula pela sala

numa viagem, sorrimos, tragando seu corpo,

absorvidos que estamos,

embebidos e seduzidos nos acabamos mutuamente,



Elizabeth



Queimando entregamos nossos corpos.

Uma ponta de felicidade perdura em nossas mentes,

conscientes que somos vagamos pelo quarto,

pelos campos, pelas pontes, pela sala,



Elizabeth, seu nome:

Elizabeth.



Adorada, venerada, lhe procuro

incansavelmente por todas as manhãs,

esquadrinho-me à tarde se não lhe tenho,

me embriago ao anoitecer, carente pela sua ausência.



No lusco-fusco pelas ruas,

pelos bares, boates e calçadas

sinto seu cheiro,

sonâmbulos, bêbados e excêntricos,

vagabundos, andarilhos e boêmios

rondam avenidas em busca de consolo,

encontram em ti

prazer, conforto e alívio:



Elizabeth, rainha do crepúsculo,

ópio da noite.



*Por que não fazemos isto na estrada?

Ninguém está nos assistindo

Por que não fazemos isto na estrada?

Lennon Y McCartney

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