Brasília, 10/mar/2005
Aborreci-me de mim.
Que criatura esta
guarda tanta incoerência,
tanta contradição
e tanta inconsistência?
Um dia cria
numa cria de si mesmo,
e esperava que amor
era planta que nascia,
vivia e crescia a esmo.
E era pra sempre.
(E) ternamente.
A linha caiu,
a ponte quebrou,
a ficha caiu:
não dura.
Desesperou.
Não esperou mais.
Melhor assim.
Sem mais.
Quem não espera,
não desespera
se não alcança.
Se não, cansa.
Agora, conformada,
melhor preparada
para o até logo,
vem querer abestada
esperar pelo
pra sempre.
Convenhamos.
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