Não é porque não sei,
Mas o caos vagueia lúcido
Sobre o avental das moças,
Pula insosso pela casa
E em brasa pulsa,
Pisa e passa nos trios.
Leva com graça
A desgraça humana,
Ri de Ana, ama Amélia,
Reza uma prece muçulmana.
Não é porque não sei,
Mas o carnaval embala,
Toca os dias sem censura,
Cura a cachaça,
Toma de pirraça,
Faz do amor um suvenir
Barato, alegoria
Na estação Alegria.
Não é porque não sei,
Mas o caos e o carnaval
Procriam filhos da zorra,
Batizam almas atoa,
Vivem uma relação pública.
Almas Atoa
|