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cronicas-->Em Defesa do Espiritismo." -- 11/07/2003 - 17:22 (Marcel de Alcântara) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há uma confusão generalizada no que diz respeito à essência do Espiritismo, que é muitas vezes confundido com seitas espiritualistas, como a umbanda, quimbanda e o candomblé. Há um grande número de religiões que difundem a prática da mediunidade e a crença na comunicabilidade do espírito, porém, o Espiritismo é diferente delas.

Considerando-se que todo espiritualista é aquele que acredita que existe algo além da matéria, podemos concluir que todo espírita é espiritualista, mas nem todo espiritualista é espírita.

O Espiritismo deve ser entendido como a Doutrina surgida na França, codificada por Allan Kardec, cujos ensinamentos, trazidos pelos Espíritos, estão contidos nas cinco Obras Básicas: O Livro dos Espíritos - 1857, O Livro dos Médiuns - 1961, O Evangelho Segundo o Espiritismo - 1864, O Céu e o Inferno - 1865, A Gênese - 1868.

O Espiritismo não tem dogmas, não tem rituais. Não adota em suas reuniões e em suas práticas qualquer tipo de paramentos ou vestes especiais: cálice, vinho, incenso, mirra, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, pagamento pelos trabalhos espirituais, talismãs, amuletos, santinhos, administrações de sacramentos, concessão de indulgências, confecção de horóscopos, exercício de cartomancia, quiromancia, astrologia, pagamentos de promessas, despachos, risco de cruzes e pontos etc...

Os princípios da Doutrina Espírita são: a pluralidade das existências, a preexistência do espírito antes do nascimento, a continuação da vida após a morte, a intercomunicação entre encarnados e desencarnados, recompensas e penas, não como premiação ou castigo divinos, mas como consequência natural dos atos praticados (Lei de Causa e Efeito).

AUTORIDADE DA DOUTRINA ESPíRITA -

A garantia do ensino dos Espíritos está na concordància das revelações acontecidas em diversos lugares. Há de se compreender que não estamos falando de comunicações que tratam de interesses secundários, mas das que se referem aos princípios da Doutrina.
Se a Doutrina Espírita fosse uma concepção puramente humana, não teria como garantia somente as luzes daquele que a tivesse concebido. É o caso de religiões que lutam tenazmente para sustentar dogmas surdos, fruto da teimosia de seus "proprietários", porque agem como se assim fossem. É o caso também do materialismo.

Na tarefa de codificação do Espiritismo, Allan Kardec contou com a valiosa participação de três meninas, as médiuns principais no trabalho de compilação de O Livro dos Espíritos: as irmãs Caroline Baudin, Julie e Ruth Celine. Caroline e Julie foram utilizadas para a concatenação da essência dos ensinos e Ruth Celine, para os esclarecimentos complementares. Ratificados todos os ensinamentos, Kardec, por sugestão dos Espíritos, recorreu a outros médiuns, estranhos ao primeiro grupo, dentre eles Japhet e Roustan, intuitivos, senhora Canu, sonàmbula inconsciente, senhor Canu, incorporação, Leclere, psicógrafo, Clement, psicógrafa e médium de incorporação, De Pleinemaison, auditiva e inspirada, senhora Roger, clarividente, Aline Carloti, psicografia e incorporação.

QUEM FOI ALLAN KARDEC - Allan Kardec foi cognominado de O Bom Senso Encarnado. Estava com 51 anos de idade quando se dedicou à observação e estudo dos fenómenos espíritas, sem o entusiasmo natural das pessoas imaturas e inexperientes.

Nesse tempo, o mundo estava voltado para a curiosidade que despertava os fatos psíquicos que se registravam em toda a parte. Observando esses fenómenos, especialmente o das chamadas mesas girantes, ou falantes, que respondiam, através de pancadas, as perguntas que eram feitas, Kardec logo compreendeu que se uma mesa, ser inanimado, não podia falar, deveria ter uma inteligência por traz de tudo. O bom senso da investigação lhe revelaria a verdade.
Filho de pais católicos, Allan Kardec foi criado no protestantismo, mas não abraçou nenhuma da religiões. Preferiu situar-se na posição de livre pensador e homem de análise. Ficava constrangido com a rigidez dos dogmas das concepções religiosas. Com uma vida intelectual absorvente, foi homem ponderado, de elevado caráter e grande saber. Quando despertado para a investigação dos fenómenos, o mundo estava voltado para os fatos psíquicos que se registravam em toda a parte e culminaram no advento do Espiritismo.

RAIO X

Esclarecimento sobre Mistificações e Absurdos atribuídos ao Espiritismo:

Mulheres e Homens Separados - Não tem nenhum sentido, exigir que homens e mulheres sentem separados, em palestras e outras atividades da Casa Espírita, que deve ser um lugar de respeito. Se o frequentador ou o trabalhador for conscientizado, não haverá problema.

Exigência de Roupa Branca - A cor da roupa não exerce nenhuma influência no desenvolvimento dos trabalhos espirituais. Para tanto, o importante é a manutenção do pensamento positivo, pois os espíritos agem pelo pensamento. Exigir que o trabalhador use somente roupa branca, no exercício de suas tarefas na Casa Espírita, é total absurdo.

Palmas das Mãos Viradas Para Cima - é mais um costume, que de tanto repetir-se vira um ritual. E Doutrina Espírita não tem rituais. As energias do passe não necessitam de um órgão captador e as mãos não são antenas para a captação dessas energias.

Os Médicos não sabem de nada - Na Casa Espírita, o tratamento espiritual não deve dispensar o tratamento médico. Se o frequentador estiver fazendo o tratamento espiritual e ao mesmo tempo estiver em tratamento médico, não deve dispensar um ou outro, ambos devem ser feitos paralelamente.

Tirar os Sapatos - Não é preciso tirar os sapatos para entrar na Casa Espírita. É louvável preservarmos a limpeza, mas todo exagero, pode virar obsessão.

Da Autenticidade psicográfica - Certa vez, na reunião mediúnica de um dos dois centros espíritas de uma pequena cidade brasileira, um médium recebeu uma comunicação psicográfica, onde, no final da mensagem, o espírito assinou: Jesus.
Foi um sucesso. Toda a diretoria do centro espírita se vangloriou durante uma semana, por acreditarem piamente que um de seus médiuns teriam recebido mensagem do próprio Mestre da Galiléia.
O fato foi comunicado à Federação Espírita do Estado, que alertou o centro para a responsabilidade no exercício da atividade mediúnica, pois sem dúvida, a mensagem recebida fora transmitida por um espírito mistificador.
Foi recomendado que estudassem o capítulo XXII - de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec - Contradições e Mistificações:
"A malandragem dos Espíritos mistificadores ultrapassa, às vezes, tudo que se possa imaginar. A arte com que se assentam as suas besteiras e tramam os meios de persuadir, seria digna de atenção, caso se limitassem a brincadeiras inocentes. Mas as mistificações podem ter consequências desagradáveis para os que não se previnam. Somos muito felizes por termos podido abrir os olhos, a tempo, a muitas pessoas que nos pediram conselho, livrando-as de situações ridículas e comprometedoras. (...)
Jamais se deixar ofuscar pelos nomes usados pelos Espíritos para darem validade às suas palavras. Desconfiar das teorias e sistemas científicos ousados. Enfim, desconfiar de tudo o que se afaste do objetivo moral das manifestações (...)".

Revista Universo Espírita - Junho de 2003

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