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Poesias-->NOVA IGUAÇU -- 13/03/2005 - 19:25 (ANTONIO MIRANDA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NOVA IGUAÇU



Poema de Antonio Miranda



Para Maria Catarina Jaloto Rego



I

A velha Maxambomba

- uma estação ferroviária

nas brumas da memória esmaecida

e triste.



Era uma cidade pequena, pacata e serena.



Da torre da igreja modesta

dava para ver os trilhos

e ouvir o trem apitando

as poucas ruas empedradas

e onde começavam os caminhos de terra.



Ao longe, os extensos laranjais.



Na rua principal

as meninas desfilavam como aves emplumadas

e os rapazes postavam-se nas calçadas

para o assédio.



Havia até uns poucos bancos para o namoro.



Parque de diversões, procissões

um circo mambembe acampado no terreno baldio

e um alto-falante fanhoso

tocando a Ave Maria no fim da tarde

havia até ciganos nas redondezas

em barracas rotas e encardidas.



Era tão pouco e éramos felizes.



II

Da velha Iguaçu, só os escombros do casarão

a senzala em ruínas,

o alambique e a moenda destelhada

o portinho abandonado

a estrada de pedra e as palmeiras sobreviventes

e ignorantes de seu passado

e a fragrância dos lírios

nos brejos.







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