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Cronicas-->QUANDO QUEM MANDA É O AMOR -- 12/07/2003 - 16:46 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vai a vida nem aí, meio insossa mas tudo transcorrendo na panoràmica do normal, sem sobressaltos, sem atropelos. Até à toa, tudo nos conformes escorrendo na calha do racional, nem insinuando qualquer saída dos trilhos das metas ao alvo determinado. E é nessa hora que a gente se acha seguro, na certeza de que nunca mais definhará ou se submeterá ao estrupício de qualquer paixão. Ledo engano. Nada como um dia atrás do outro e uma noite no meio, para provar que do inopinado, tudo se vira de pernas pro ar. Segurar o tranco é que é elas, força redobrada no braço, pulso firme, punho determinado. De nada adianta, nada mesmo.
Até o dia em que rola um clima que ninguém, mas ninguém mesmo, sabe de onde vem, onde se escondia ou de que raio de lugar chega a eclodir. Rolou, assim, do nada. E só sente o flagra enquanto ouve uma daquelas canções do João Bosco, que diz "(...) o amor quando acontece a gente logo esquece que sofreu um dia..." e olhe que foi só um olhar nada pretensioso que cruzou sorrateiro, na exaltação do flerte. Vem o arrepio na espinha dorsal, o coração minando, a libido acendendo. As idéias dão um nó e seja lá o que deus quiser. Nada, tudo levar a crer que vai sair ileso, é só para ficar, mais nada.
Nada o que? Compelido pela imantação do flerte, vai surgindo aquela revolução no peito, que de tão estrondosa não sabe bem o que é, mas que deseja ardentemente está ao lado daquela pessoa que vira dos pés à cabeça nossa lucidez. Na maior desorganização a coisa desgoverna na convergência dos olhares, na timidez revoltada, no encontro agradável, cada um mais surpreendido com o outro, uma gentileza infinita, uma identificação exaltada. Nossa, um talqualzinho o outro, quanta coincidência, hem? Pois é, mesmo nem sendo tão parecidos assim, tudo se inclina no estreitamento e no conluio dos afetos. Pois é, no terreno do amor, um passa a ser o outro e vice-e-versa, a viver pelo outro, a fazer tudo pelo outro desmedidamente. Os dois passam a ser um: a unidade dos sentimentos.
Isso sem contar com o febril perfume que vai incentivando aquele desejo desenfreado no mel da paixão avassaladora, acendendo a volúpia possante, que desemboca num sim pro namoro, estreitando as almas desgarradas. É a aí que se perde a noção de si em mil ternuras que explodem demonstradas, milhões de carinhos dedicados, zis encantações afloradas, tudo em nome da entrega absoluta dos quereres mais arraigados. É o amor. E quando ele reina, não há espaço para mais nada.
Ah! é o amor na vez do seu domínio. E com ele vem a febre do desejo ardendo, o fogo da paixão atiçando, os corpos incendiando na combustão amorosa, tudo levando a saciar carências sedentas e satisfazer o prazer de todas alucinações. Por causa dele, o sol brilha mais veemente, a vida é mais espetacular, o mundo passa a merecer a razão de se estar vivo, o universo é uma mera distància que exalta a infinitude do idílio, a natureza é o palco para a real felicidade. Amar, por isso, é o sentimento mais sublime de comunhão humana. É nele que tudo é vivo, tudo é verdadeiro, tudo é a mais real manifestação da verdadeira vida.
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