Era uma noite de inverno,
Noite de luar mágico.
Foi quando te apareceste
–Virgem pálida de seio nu.
Vieste da escuridão, do NADA trágico.;
Vieste flanando até meu leito de amor.
Vieste beijando-me os lábios,
Balbuciando juras de amor,
Balbuciando palavras profanas,
Balbuciando obscenidades singelas.
A cada teu beijo, meu peito arfava,
A cada mordida, minha pele se eriçava
… E uma peça do vestuário bailava no ar…
Eu a tomava em meus braços ……
"Quem sois vós, Potestade das Trevas?"
"Quem sois vós, ninfa de rubro olhar ígneo?"
Pelas sendas do pecado, guiaste altiva,
E através da fricção de nossos corpos,
Voluptuosos beijos em teus seios
Galgávamos, entorpecidos, até o clímax.
Estátua grega de carne humana,
Deixavas em ebulição meu sangue
Num orgasmo de casto, puro amor…
Que desfolhavas minhas últimas coroas
"Oh, ninfa misteriosas, de onde vieste?"
Glúteos arrebitados, coxas de níveo talhe
Teus seios desnudos e róseos, seios divinos
Encantava-me, atiçava-me a volúpia sonolenta…
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Na manhã seguinte,
Em meu leito solitários
Dormia o triste bardo,
Uma garrafa de Oporto nas mãos
E uma rosa envolta do laço de fita……
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