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Contos-->Amiga odiada 6(contos) -- 25/05/2004 - 14:42 (Marcos Lazaro da Silva Bueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Voltando a minha história na casa de Andréa, meu temperamento se acomodou de boa vontade a uma vida de prazer e festas. Aceitei alegremente em ser iniciada nos mistérios noturnos. Apôs ser aceita, fui apresentada dois dias depois. Cheguei nua de acordo com as regras, fiz o juramento exigido e para terminar, tive de corajosamente me prostituir a um enorme pênis de madeira, reservado a tais ocasiões. Somente terminada a dolorosa experiência, e que Andréa e iniciadas se atiraram sobre mim, mas apressadas que um bando de canibais. Prestei-me a todos os seus caprichos, assumi as posições mais luxuriosas, e enfim terminei com uma dança libidinosa, a qual fui proclamada vitoriosa. Estava exausta. Uma das iniciadas, pequena e animada, esperta e mais refinada que Andréa, me levou até um dos quartos. Era com certeza a lésbica mais danada que o inferno fora capaz e criar. Tomei-me de um verdadeiro entusiasmo carnal por ela, e terminávamos quase sempre juntas nas grandes orgias noturnas.
_ Em que local aconteciam estas coisas? – perguntou Paula.
_ Fiz um juramento de não dizer absolutamente nada sobre o que acontecia, mas como está vendo, não estou cumprindo com o juramento. – respondeu Rafaela.
_ Isso é verdade. Sendo assim, conte-me onde aconteciam? – perguntou Paula.
Está bem. Estas orgias não aconteciam na casa de Andréa, e sim em outro local, o qual nunca fiquei sabendo onde era, por ser levada vendada por Andréa. Lembro-me que da casa de Andréa até o local eram aproximadamente meia hora. Chegando, subia uns vinte lances de escada, sendo levada para uma pequena sala, onde tiravam minha venda. Desta pequena sala entrei por duas grandes portas, a moda oriental, a qual davam numa grande sala que havia sido caprichosamente decorada com um espírito debochado, com ricas cortinas em franjas, bordadas em fio de ouro e ornado com desenhos bizarros. A paredes eram forradas de veludo azul-escuro, que enquadrava painéis de madeira entalhada. Grandes espelhos um de frente ao outro, tomavam toda sala. Durante as cerimônias de orgia, todos os delírios se refletiam de mil formas, se destacando vivas e brilhantes contra a tapeçaria. Almofadas e sofás tomavam o lugar de cadeiras, servindo assim pra as poses luxuriosas e aos combates de volúpia. Um tapete grosso, de tecido delicado e delicioso ao toque, cobria o assoalho. Nele se viam representados, com surpreendes cores, vinte grupos amorosos em poses sensuais, próprias para despertar os desejos adormecidos. No alto, sobre painéis no teto, a pintura oferecia aos olhos as imagens mais expressivas de sarcasmo e da loucura. Lembro-me sempre de uma dupla fogosa atormentando a um outro grupo. Nunca olhei para aquele quadro sem que ele me provocasse e me chamasse ao prazer.
_ Devia ser delicioso te ver – disse Paula
Sob o luxo da decoração, some a excitação dos perfumes e das flores, aparecendo um aquecimento ideal e temperado. Depois, uma luz morna e misteriosa escapava de seis lâmpadas brancas, muito suaves. Tudo isso fazia nascer em nós um vago encanto misturado com um sensual desejo de sonho. Era o Oriente, seu luxo, sua poesia, sua descuidada volúpia. Era o mistério do harém, com seus deliciosos segredos, e acima disso, sua encantadora sensualidade.
_ Como deveria ser doce ficar num lugar assim. Noites embriagantes junto à pessoa amada... – disse Paula.
_ Sem duvida, o amor poderia facilmente fazer daquele lugar seu templo, se a orgia barulhenta e obscena não transformasse aquilo a cada noite num lugar imundo – disse Rafaela.
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