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Poesias-->TEU AMOR FRÁGIL -- 20/03/2005 - 20:19 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) |
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mastigo as horas dessa tua ausência
há silêncios profundos
cores dispersas esmaecendo-se
ah, o amado torna-se bruma
e todos os suspiros viram lembrança tênue
há uma dor de velhas tempestades
a fazer um eco distante
- tudo é um vazio concreto, sufocante
vaza a maré dos sentidos
apaga-se a lua dourada da ternura
o ritmo amoroso da saudade esvai-se do corpo
um grande e escuro abismo
sem música, sem cor, descompassado e frio
invade tudo
frágil o homem que amei
deixou-me tonta
pensando-me fortaleza que não sou
como se a mim coubesse tudo
não foi guerreiro o meu amante
e eu, que o amo,
só posso agora obrigar-me ao silêncio
até que a dor toda se vá
até que as luas retornem
até que a maré encha
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