A PRIMEIRA VEZ DE UM HOMEM
Ainda me lembro com clarividência
Um momento ímpar da adolescência
Quando ainda morava no campo
E vivi um momento inesquecível.
Ela era uma mocinha muito sensual,
Enquanto eu um rapazote muito tímido.;
Ela com a adolescência no final
E eu nem mesmo havia desabrochado.
Mas foi num dia muito ensolarado,
Num domingo qualquer de janeiro
Quando fomos nos banhar no riacho
Que ela me propôs algo embaraçado.
Naquele lugarzinho bem escondido
Ela disse que a partir daquele instante
Íamos descobrir o que de interessante
O homem e a mulher faziam juntos.
E eu fiquei por demais envergonhado
Quando a vi de pouco a pouco...
Seu corpo brando todo desnudado...
Ah, que momento tão louco!
Degustar o sabor daqueles lábios,
Sentir a maciez daqueles rijos seios,
Descobrir a feiúra daquele vão
Foi tudo tão novo, estranho...
Nem mesmo sabia o que fazer,
Nem mesmo o que lhe dizer,
Nem mesmo que iria sentir...
Não, eu não sabia de nada...
Mas como poderia me esquecer
Daquela primeira experiência?
Como foi estranho e inusitado
Meu pequeno falo ali plantado...
Mas como poderia me esquecer
Dos movimentos desajeitados,
Daqueles seios belos beijados
E do maior momento de prazer?
Do momento que fiquei descontrolado
E, em seguida, o mundo rodopiando,
E finalmente tudo acabado?
Não, não posso esquecer nunca!
Foi a maior experiência já vivida
Em toda esta minha longa vida.
Tantas outras se aconteceram
Mas nenhuma foi igual à primeira!
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