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Cordel-->A canção qui Patativa cantô pra mim -- 15/11/2007 - 17:36 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
“Morreu minha vaca estrela
Ci acabô meu boi fubá
Perdi tudo quanto tinha
Nunca mais pude aboiar.”

Patativa do Açaré
Inventô éça canção
Agora intendo cuma é
U’a seca nu meu sertão.
É coiza de lastimá
Ocê venu tudo cabá
As pôquinha criação.

Na mia róça seu môço
Ta cuntiçenu içu daí
Agente só vê côru i ôçu
Rolanu aqui e ali.
Quanu nu breju vai percurá
U’a foinha já fica lá
De fraca num podi saí.

A vaquinha borbuleta
Di fraca inté caiu
Qui us urubu lá di riba
Deçeu logu quandu viu
Inté u boi gruzerá
Qui era forti nu lugá
Us urubu li partiu.

Ta uma seca danada
Tantu gadu ta morrenu
As manga ta isturricada
Ta u’a tristeza só venu!...
U céu ta bem azulado
Niuma nuvi coitiadu
Veju a coiêtia perdenu.

No ar só vê u pretumi
Dus urubu a vuá
Nunca tivi êçi custumi
Déças coiza ubiservá...
U verdi dali sumiu
A xuva ninguém mais viu
Da dó inté da genti oiá.

Nu vale du Jiquitinhonha
Inté u sul da Bahia
Ta u’a seca medonha
Qui ta danu inté gunia.
Só vê gente recramanu
Qui us capin ta cabanu
É prijuizu noiti e dia.

É in toda a região
Tem u’as qui ta bem pió
Qui a água sumiu du xão
Vaporada pelo sór
Nunca vi tanta quintura
A água qui era fartura
Ci cabô nuns dia só.

Num pau veio qui já morreu
Qui tanta sombra fazia
Só vê pretumi dus urubu
Qui ali já fêiz moradia
Em cada gaia tem bixu ali
Isperanu as vaca caí
Pra fazê suas aligria.

Nêci mundão de meu Deus
Como cada um tem suas vêiz
É sorte para os urubus
Estas mortes a cada mêz
Enquanto a destruição
Persistir na nóça região
Vai morrê de fomi mais rêiz.
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