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Teses_Monologos-->My name is Johnny and fafafa Tati... -- 28/01/2003 - 16:51 (William Henrique Pereira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


My name is Johnny and fafafa Tati, eu vi o busto da minha avó na lua cheia

Tatiana a que eu beijei exatamente um ano atrás era filha de um chinês escroto que nasceu na China comunista mas filho de pais russos é o velho Chistotkin cabeçudo pai de Nikolae o Papa-Capim vem minha Kournikova gostosa faz a espanhola sua Gamorra.
Onde os dias são curtos e as noites são longas onde eu pertenço de corpo e alma, subíamos pelo Álamo nos bastidores de Pat Garrett and Billy The Kid, Knockin’ On Heaven’s Door com direção de Sam Peckihpah, pá!, pá!, fa fa fa fa, ay-ay-ay burrito! Na cadência deste burrito vamos indo eu e o meu amigo procurando pelo lugar de que falaram e diz que fica pra lá, nossa jornada na montanha.
Olhe em volta o Álamo do México, eu acho que é o México, estamos en la América Central che! Tudo parece como uma paisagem de pecinhas de Lego, o verde puro e vivo das gramas quadriculadas, infantis, cenário fabricado, mini e perigoso, isso me dá medo mas me dá prazer e eu gosto. E Madalena take my gun, in the cantina under the hot chili peppers and the blistering sun.
Esta montanha é muito íngreme pro meu gosto, é um desenho do Pepe Legal eu sinto medo, podemos cair lá embaixo, lá em baixo tem essa paisagem linda mas meio falsa, o vale verde imenso tremendo com riachos e árvores, mas esta montanha, ah! É seca e tem pedras, pó, um caminhozinho estreito demais, nós nos burritos, meu radinho do pai do pai do meu pai, toca Like A Rolling Stone...
Nossa primeira parada, o povoado e o velho sabido que entende das coisas, ele conhece o México, nos disse pra onde fica, vocês vão ter que subir a montanha que parece de mentira, por essa trilhazinha que dá medo, capotando do burrito, pra conseguir o que querem lá, eu digo pro meu amigo nós não precisamos ir pra lá, deixa quieto, vamos voltar e continuar o que estávamos fazendo na aldeia. Ele me diz pode ser também, mas vamos indo em frente e se a gente não quiser a gente não vai, e volta. Eu disse tudo bem. Continuamos.
Depois o povoado nos disse que façam silencio, não grite, não fale um pouquinho mais alto, porque atrás daquelas montanhas de Lego do horizonte, tão longe tão perto saem gigantes ridículos, apavorantes, eles se irritam com o barulho e nos tacam rochas e pedras enormes pra nos matar, por isso cuidado, mas tem pessoas pequeneninhas por ali pelo vale que falam alto sem querer e eia, olha lá o gigante na distancia, ele está me vendo, eu morro de medo disso, ele ficou puto, gritou tudo tremeu, tacou as pedronas pra cima da gente, eu me abaixei me protegendo, pra não ser pego por elas, tudo treme nestas horas, e uma hora sou eu que falo muito alto e eles ouviram, agora foram dois, um gigante e uma giganta, monstruosos, estressados, que saíram de trás lá dos morros e tacaram pedras, medo grande.
Chegou a noite e começou o dia de novo, encontramos o escritório onde iriam me empregar e meu amigo se perdeu no nada da existência e eu entrei lá, era aconchegante, organizado branco e limpo, pela janela de vidro via-se o Álamo, mas lá dentro não tem nada a ver com lá fora, estamos num outro plano, e fui trabalhar lá, minha chefe era uma moça praticamente, menos de trinta anos. Mantinha tudo em ordem, gostou de mim e eu comecei. Fazia minhas rotinas e às vezes não tinha nada eu ficava sentado no banco do corredor enquanto as muitas secretárias dela passavam pra lá e pra cá, elas se vestem de preto modernamente, um pano mole, colado no corpo, e elas são demais, jovenzinhas vinte e poucos eu não me seguro quase só tem mulheres ali, quando elas passam eu começo a enfiar a mão nelas, a masturbar fortemente na altura dos meus olhos, vislumbrado, elas gostaram mas chiaram, a primeira passou, mas foram mais outras e a de cabelos claros e pele bronzeada do Álamo achou ruim, foi reclamar com a chefe, ficaram todos revoltados, que indecência, a chefe me chamou deu uma dura e eu pedi desculpas, não me segurei, depois parei e falei com ela de meu pai, nossa que coincidência, ela estudou na mesma escola que eu no primário e no ginásio, e ela trabalhava com o meu pai antes de sua firma falir, muitos anos... conheço seu pai sim, etc., simpatia entre nós e depois me agitei, fui trabalhar e ser produtivo dentro daquele escritório bacana, fui até o banheiro, e ajeitei papéis, cartas, fiz o expediente e o Wilson do telefone e os outros de gravata gostaram de ver o garoto se esforçando, mas e o gigante da montanha...
Tudo isso e então Do Do Da Wah Do... tequila! Me encontrei com Tom Petty, Sting, Bruce Spreengsteen e Donovan no corredor, e a peruca de Tom Petty não saía, o que você acha de uma cuba-libre? Putz Chet Baker Orchestra o garotão corre como o vento, é um prodígio, imagine ele em seus últimos dias se jogando da janela e sem jazz. O garoto gordo está dançando, veja só, que engraçado, ele é engraçado...
E o Fioravante em seu quarto se penteia com gel que c’est pas run away, sapateia no espelho e afia a faca expressão grave e sombria, ele é um mariachi no corredor fatiando com a faca o salame, ay pimenta!, seu coletinho com lantejoulas e veludo preto, só ele solitário e matador neste prédio sujo e apertado, quando chega o síndico pra lhe cobrar ele pula num tango pela janela e atira uns valetes de ouros, se perde sob a luz amarela do poste e bate palmas. Encontra o Dio Santo, Don, Tony Carboni, gordo sujo de molho de tomate mamma, pepperoni, faz a dança e mata os caras da máfia, meus filhos honram a família, Sonatini e sua ninfeta scout-girl pivete a Bianquinha, sou católica e peguei nas suas bolas com força, que diabinha!, está na sexta série! Fugimos ou roubamos, você escolhe seu joelho é branquinho, mas a Paula não, o joelho dela é gordinho e quente, é bronzeado dourado, está com areia agora, ou Ana... Luciana, Mariana, Tatiana... ai Tatiana my name is Johnny and fafafa Tati, eu vi o busto da minha avó na lua cheia.


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