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Cronicas-->Carnaval e sofrimento... -- 25/07/2003 - 17:28 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma vez, era Carnaval, (não lembro o ano): depois de passear pela Av. Rio Branco, na Cidade Maravilhosa, com uma namoradinha de ocasião e sua acompanhante, quando vimos passar, em carro aberto, a Rainha do Carnaval daquele ano, Wilsa Carla; depois de algum tempo, fui deixá-las em casa, no bairro do Catete, aí pelas 21 h, voltando para pegar a barca, na Praça XV, para Niterói.
Sabia que meu irmão, então começando a carreira de médico, estava dando plantão no Hospital António Pedro e fui até lá. Ao chegar, ele atendia um paciente que tinha sido esfaqueado numa briga e perdia muito sangue. Os parentes choravam e gritavam pedindo:"Dr., salve a vida dele!" A vítima foi levada, de maca, para a sala de operação, recebeu transfusão de sangue, teve as lesões suturadas, recebeu medicamentos e ficou em observação.
Quando José (meu irmão), teve um tempinho, veio falar-me na recepção e levou-me até o alojamento dos médicos, dizendo-me que aquela noite seria de muito trabalho e que dormisse na cama dele. Devia ser - mais ou menos de meia-noite a uma hora da madrugada, se não me falha a memória.
Acordei ao clarear do sol, com a gritaria daquela mesma gente que vira na chegada: o homem tinha morrido!
Quando encontrei Dr. Lyra (como meu irmão era conhecido),ele me disse, com ar de desapontamento, que "são ossos do ofício" e que, naquela noite, atendera a outros casos e as pessoas estavam fora de perigo!
Despedimo-nos e "pensei com meus botões", durante a volta para o Rio, que o exercício da Medicina "não é mole" e meu irmão, de que, anos depois soube ser considerado um bom médico, o conseguiu através de muito estudo e trabalho.
Em 15.11.2001 - que Deus o tenha! - em um terceiro ataque cardíaco, deixou este mundo, aos 75 anos. Foi, antes de tudo, um estudioso: quando garoto e rapazinho, não participava de "pelada",nem jogava bola de gude, não soltava papagaio, nem nadava no Rio Parnaíba (na cidade do mesmo nome), como eu fazia: era do Ginásio Parnaibano para casa, onde se reunia com colegas, para estudar, no quarto de frente da casa da rua Vera Cruz,775 (ao lado da Santa Casa onde foi operado).
De fato, naquela cidade, teve uma crise de apendicite e foi operado por Dr. Càndido Ataíde, que salvou-lhe a vida, pois, o apêndice estava supurado. Daí, teve a idéia de estudar Medicina.
Anos depois da operação, fez concurso para o Banco do Brasil - 1948 (por muita insistência de nossos pais, que não queriam que ele fosse para Porto Alegre-RS, para onde conseguira muma bolsa de estudos, no Instituto Júlio de Castilhos e onde tinha uma correspondente - Perla Meire Scaff. Concluindo: aprovado na primeira tentativa para o BB, sem que tivesse frequentado "cursinho", como fiz e só passei na terceira vez, depois de adquirir muita experiência...
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