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Artigos-->Caminhada sobre a arte -- 18/01/2001 - 18:39 (Rosângela Scheithauer) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CAMINHADA SOBRE A ARTE - 1a. Etapa



(Rosângela Scheithauer)







Resolvi escrever um pouco sobre um dos temas que mais me fascina que é artes. Não pensem que tudo o que está aqui escrito saiu da minha cabeça pois não sou „genia“ prá guardar tantos dados. Óbviamente dei uma boa pesquisada nos meus inúmeros livros e a „nata“ da pesquisa é a que colocarei aqui para voces. Quem não concordar com alguma coisa, que „grite“ na hora! Aceito críticas construtivas.

Gostaria de dar atenção a vários países da Europa uma vez que cada um tem seu grande valor de destaque na arte. Começarei com a França que, na minha opinião, foi a que mais contribuiu para o Impressionismo, aquele que merecerá destaque nesta caminhada.



Colocando à parte a valiosa riqueza artística encontrada em Paris, existem também extraordinários tesouros nas províncias francesas que refletem a variedade de sua história cultural. Avignon, por exemplo, foi um importante centro artístico no século XIV, seguindo por Aix no século XV e subsequentemente nos séculos XVI e XVII quando se tornou a capital da Provença.

A Borgonha (antiga Burgundia), tendo Dijon como sua capital, floresceu durante o século XV e lá podemos encontrar vestígios de antigas glórias. No Norte da França, Rubens e van Dyck pintaram para algumas igrejas e conventos em Lille, Cambrai, Valenciennes e Arras, desta maneira enriquecendo as galerias destas cidades.

No final do século XIV floresceu na corte da Borgonha um estilo aristocrata que combinava o esplendor decorativo com detalhes naturalísticos chamado Gótico Internacional. A Borgonha foi, naquele período, o mais importante centro artístico depois da Itália.

O século XV não deixou muitas reminicências de seu período. O maior pintor foi Jean Fouquet sendo que algumas de suas grandes obras podem ser apreciadas em Aix e Moulins.

O século XVII, por sua vez, viu um pouco de dois estilos que foram o Classissismo Francês e a criação do estilo decotativo espetacular de Versailles, uma homenagem à autocracia centralizada de Luis XIV.

Ao final deste século houve uma marcante tendência ao estilo barroco através dos pintores de la Fosse, Jouvenet e Rigaud.

Já no princípio do século XVIII a pomposidade de Versailles foi substituida pela graça e informalidade do Rococó, desenvolvendo-se a partir do toque melancólico de Watteau, criador da „fete galante“ (festa galante) até à voluptuosidade de Boucher.

À partir de 1839, disputando a severidade do Neo-Classissismo, deu-se início às apaixonadas imaginações dos artistas românticos, entre eles Gericault, obcecado com os temas morte, conflito e loucura.

Outro romântico foi Delacroix mostrando muita energia, cor e imagens turbulentas em suas telas.

Iniciou-se, então, em 1840 um forte desejo de novos e realísticos motivos sobre a vida cotidiana, as paisagens naturalísticas e as cenas camponesas dos pintores de Barbizon.

A arte rebelde e anti-acadêmica de Manet nos anos de 1860 foi a pavimentadora dos caminhos para o Impressionismo. Seus temas contemporâneos e sua perfeita justaposição da luz e da sombra escandalizaram o público mais do que os trabalhos politicamente controversiais de Coubert. Os impressionistas preocupavam-se menos com o realismo social e mais com as impressões visuais (daí o nome impressionismo) através da luz e cor.

Eles eram quase que na totalidade pintores de paisagens preocupados em capturar os efeitos elusivos da luz na água, reflexos coloridos na neve ou mesmo a luz do sol penetrando por folhas.

A total falta de interesse nos padrões acadêmicos de composição e desenho chocou o público, motivo porque a maioria dos impressionistas morreu pobre . Não vendiam!

Era uma pintura com tanta luminosidade e cores vivas – até mesmo as sombras eram tingidas com cores vibrantes. Pontinhos, riscos e manchas de tinta conseguiam refletir genialmente a luz do sol ou o brilho da lua em uma tela.

O maior período do impressionismo durou de 1870 a 1880. Foi neste período que Sisley e Pissaro pintaram belíssimas paisagens; Renoir e Monet pintaram o rio Sena e também Argenteuil.

Mais tarde Monet, o mais apaixonado pela verdade visual, pintou uma série de quadros no qual o mesmo objeto seria visto em diferentes horas do dia e sob diferentes estações do ano. Paul Cézanne, não menos renomado pintor impressionista, disse de seu colega: „Monet tem olhos... e quê par de olhos“!

Devido a altas dívidas, Monet foi forçado a se mudar em Janeiro de 1878 para o lugarejo Vétheuil no noroeste de Paris onde o Sena passa majestoso. Um de seus mais famosos quadros, pintado logo após a morte de sua esposa Camille, foi o „Vista de Vétheuil“ (1881). À partir de 1898 até a sua morte em 1926, Monet dedicou-se quase que exclusivamente a um único tema, a nenúfar (rosas do lago). Para elas Monet mandou construir um lago artificial em seu próprio jardim a fim de tê-las perto de si e poder pintá-las de todos os ângulos.

Já Renoir, cuja arte tem todo o charme do século XVIII, pintava nús artísticos, portraits e cenas radiantes da vida contemporânea francesa. Também na década 1870/80 Manet e Degas estavam largamente associados ao Impressionismo, porém não eram pintores de paisagens. Eles possuiam uma variedade maior de temas (dançarinas de balé, lavadeiras, bares, bordéis, etc.) e tentavam criar um novo estilo de composição à partir de pontos-de-vistas inesperados, „close-ups“ e figuras sendo abruptamente cortadas pela moldura a fim de capturar-lhes o dinamismo da vida urbana moderna.

A linha febril do holandês Van Gogh, que por muitos anos viveu na França até morrer louco em um hospício, e seu dramático uso de cores puras levaram ao Fauvismo e ao Expressionismo. Tanto Cézanne quanto Seurat preocupavam-se em dar profunda realidade às efêmeras descobertas dos impressionistas. Toulouse-Lautrec pintou com lúrida melancolia de fim-de-século o mundo dos bordéis, cabarés e teatros.

À partir deste período, Paris tornou-se o centro dos movimentos internacionais – do Fauvismo (Matisse, Derain, Vlaminck); do Cubismo de Braque e de Picasso, que criou uma nova linguagem para explorar o espaço e o volume; do Surrealismo (Dali) e da Escola de Paris.

Tendências recentes indicam a arte de Jean Dubuffet e o Taquismo de Georges Mathieu e François Arnal.

As maiores e mais famosas obras impressionistas encontram-se no Museu Jeu de Paume e no Musee D`Orsay – ambos em Paris. Dentre elas destacam-se as pinturas do Rio Sena por Monet, Sisley e Renoir; a Catedral de Rouen pintada em várias estações do ano, bem como suas belíssimas nenúfares; as banhistas de Renoir e os mais belos trabalhos dos Pós-Impressionistas como Cézanne, Gauguin, van Gogh, Seurat e Toulouse-Lautrec.



Penso ter-lhes transmitido um recado à altura da maravilha que foi este período da arte.

Espero que tenham tido uma boa impressão !







...........

Caminhada sobre a arte – 2a. Etapa

(Pesquisadora: Rosângela Scheithauer)





Continuando a „nossa“ caminhada, gostaria de dar atenção à arte italiana que, sem dúvida, se destaca como uma das mais importantes da história da arte.



Uma das delícias de viajar pela Itália (e, no meu caso, de já ter morado lá) é a de descobrir importantíssimos trabalhos de arte numa igreja deserta e escura ou a escultura de algum artista famoso na pequena praça de uma ciadezinha qualquer. Quase todas as pequenas cidades têm algo a oferecer. Ver uma obra de arte „in loco“ é uma característica típica italiana.



Os tres maiores centros de pintura italiana estão em Florença, Roma e Venecia. Entretanto, em tempos e modos diferentes outras grandes escolas de arte surgiram em diversas cidades italianas, razão porque decidí incluir pequenas introduções sobre as maiores e mais importantes delas.

Florença. uma cidade dominada pela família Medici, foi o maior centro de desenvolvimento artístico no século XV; outras áreas como Siena, Umbria e Urbino responderam em outras áreas artísticas. Desenvolvimentos independentes aconteceram em Pádua e também em Mantua e Ferrara ao norte da Itália. Foi no século XVI que Correggio trouxe importancia a Parma.

No princípio do século XVI Roma tornou-se dominante através de esplêndidos trabalhos de Michelângelo e Rafael e continuou a atrair artistas de toda Europa até o século XVII. O estilo barroco também cresceu em novos e importantes centros como Milão, Nápoles, Gênova e Bolonha.

A pintura veneciana do século XVI desafiou a florentina e permaneceu importante até o século XVIII. Entretanto, o crescimento do rococó trouxe nova glória a Venecia e também a Nápoles.

Em meados do século XVIII Roma tornou-se o centro do movimento Neo-Clássico – o escultor Antonio Canova trabalhou lá a partir de 1779.

O declínio arte italiana aconteceu no século XIX sob a influência de Macchaioli, uma escola de „plein-air“ dominada por Giovanni Fattori e totalmente direcionada ao Impressionismo Francês. Mais originais são as esculturas impressionistas de Medardo Rosso. A timidez da pintura italiana foi atacada pelos Futuristas (1905-15) que demandavam uma arte nova e radical. Esta nova arte expressou-se na velocidade e no glamor de um novo meio-ambiente criado pela força das máquinas.



Arte em Bérgamo e Bréscia



No século XVI, Moretto e seu aluno, Moroni, pintaram portraits realísticos com um pouco do calor e do estilo da arte veneciana.

De 1640 a 1740 pintores conhecidos como „pintores lombardos da realidade“ especializaram-se em portraits e natureza-morta. Baschenis pintou elegantes arranjos com instrumentos musicais; Frau Galgario pintou portrais humanos calorosos; Giacomo Cerutti produziu pinturas sórdidas de mendigos e aleijados.



Arte florentina



No princípio do século XV Florença, uma cidade mercante própera e estável dominada pela familia Medici, tornou-se o mais importante centro da Renascença. Os traços retos e a graça do Gótico Internacional foram destruídos pelas figuras energéticas de Masaccio e do escultor Donatello, apresentando um novo estudo do corpo humano e a descoberta das leis matemáticas da perspectiva.

No final do século XV os artistas se preocuparam menos com a solidez e mais com o movimento (Pollaiuolo) e com as belezas da linha (Boticelli).

A pintura do século XV é radiantemente fresca e viva perante à beleza re-descoberta do mundo natural. A arte de menores mestres como Gozzoli e Ghirlandaio, com suas festivas descrições da vida cotidiana, é um prazer aos olhos.

No comeco do século XVI Florenca alojou, por curto tempo, grandes pintores da Alta Renascença – Da Vinci, Michelângelo e Rafael.



Arte romana



Roma substituiu Florença como o centro artístico da Europa Ocidental do século XVI. O Papa Júlio II (um dos grandes patrões da arte) contratou Michelângelo em 1505 e Rafael em 1508: por mais de 10 anos os ideais de harmonia e balanço da Alta Renascença adquiriram o que se pode chamar de perfeição absoluta.

A partir de 1527 os trabalhos de Rafael e Michelângelo tornaram-se mais dramáticos e suas distorções propositais anticiparam as abstrações do Maneirismo. A Contra-Reforma foi um período de austeridade, porém no começo do século XVII os artistas procuraram voltar à natureza e a expressar novamente profundas verdades emocionais. Caravaggio conseguir trazer à arte o mundo do pobre e do oprimido; o afresco de Annibale Carraci no Palácio Farnese voltou aos ideais de Rafael. A partir de 1630 os artistas do Alto Barroco, patrocinados pelos papas, mostraram com paixão a renovada confiança na igreja católica romana. Esta era foi dominada por Bernini: seu uso do ilusionismo e sua intenção em unir arquitetura, pintura e escultura com efeitos de esplendor até então jamais adquiridos foram típicos do Barroco. Roma atraiu artistas de toda a Europa, sendo que os artistas da Europa do Norte desenvolveram novas maneiras para novos temas: paisagens e natureza-morta. Os estilos clássico, barroco e realístico permaneceram lado a lado durante todo o século.

Roma reassumiu importância nos meados do século XVIII quando tornou-se o centro do movimento Neo-Clássico: Antonio Canova, um dos primeiros e mais influenciais escultores neo-clássicos, chegou em Roma em 1779.



Cidade do Vaticano



Este pequeno e independente estado, centro da igreja católica romana, possui alguns dos maiores tesouros artísticos. Muitas vezes cansativa e frustante de ser visitada, entretanto uma obrigação aos amantes da pintura. O lugar de maior destaque é sem dúvida a Capela Sistina construida para Sixtus IV, com trabalhos de Ghirlandaio, Pinturicchio, Roselli, Signorelli, Boticelli (Moisés no Egito). No centro da capela está „A criação do Homem“, por Michelângelo, dando vida à beleza de Adão. Importantíssimas também no Vaticano são as salas de Rafael (que foi trazido a Roma por Julio II em 1509 para pintar uma suite de 4 salas).

As quatro salas são: „Stanza della Segnatura“ – caracterizada pela força do intelectual humano. „Stanza d`Eliodoro“ – com afrescos ilustrando intervenções miraculosas para proteger a Igreja. „Stanza dell`Incendio“ (1517) e „Stanza do Costantino“ (1517-28) que foram pintadas por alunos de Rafael. Muito controversial até hoje a participação do próprio mestre nestas salas.





Siena



Os mais importantes artistas sienenses trabalharam na primeira metade do século XIV. Duccio pintou algumas cenas sobre painéis de madeira; trabalhos de Simone Martini mostrando todo seu esplendor e elegância; afrescos de Ambroggio combinando a elegância sienense com um conhecimento do trabalho de Giotto e surpreendentes forças de invenção.





Úmbria



O mais importante pintor da Úmbria foi Perugino (1445-50) ; suas cenas religiosas gentís e suaves em sentimento e vivas à calma beleza da natureza, foram típicas da escola de Úmbria. É possível que ele tenha absorvido um sentimento de claridade de Piero della Francesca, que foi herdado por seu aluno Rafael.





Arte Veneciana



Venecia, a mais ligada ao Leste Europeu, respondeu bem mais devagar ao novo estilo da Renascença do que as outras cidades italianas. Uma grande paixão pelo decorativo e pela suntuosidade persistiram por todo o século XV; as famílias Vivarini e Crivelli produziram complexos altares. O naturalismo novo de Florença gradualmente se extendeu ao norte, porém o interesse predominante da escola veneciana foi em luz e cor. Uma atmosfera calorosa e contagiante preenche as pinturas de Giovanni Bellini; pequenos detalhes naturais são observados; suas Madonnas são sérias e gentís, imagens frágeis de tranquilidade. A nova beleza de sua cor dependia do uso da tinta óleo pura; Messina, que havia visto os óleos holandeses, veio a Venecia por redor de 1475. Giorgione pintou pequenas pinturas, estórias idílicas da literatura clássica que introduziu uma nova veia de poesia melancólica. O mundo de Tician, por outro lado, foi dinâmico e heróico; ele pintou altares, portraits, poesias; sua pintura pagã são radiantes viões da beleza perdida da Antiguidade. As pinturas de Tintoretto, tensas e estranhas, são dependentes dos dramáticos efeitos da perspectiva. A pintura do século XVII foi bem menos interessante, apesar de que Fetti, Liss e Strozzi trabalharam em Venecia.

O século XVIII viveu muitas cenas de Longhi e as visões de Venecia por Canaletto e Guardi. O mundo de Canaletto é um corte duro e claro, fortemente revelado em cada detalhe pela luz brilhante do sol; Guardi é bem mais evocativo, a luz obscura e as formas meramente rabiscadas.





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Caminhada sobre a arte – 2a. Etapa

(Pesquisadora: Rosângela Scheithauer)





Continuando a „nossa“ caminhada, gostaria de dar atenção à arte italiana que, sem dúvida, se destaca como uma das mais importantes da história da arte.



Uma das delícias de viajar pela Itália (e, no meu caso, de já ter morado lá) é a de descobrir importantíssimos trabalhos de arte numa igreja deserta e escura ou a escultura de algum artista famoso na pequena praça de uma ciadezinha qualquer. Quase todas as pequenas cidades têm algo a oferecer. Ver uma obra de arte „in loco“ é uma característica típica italiana.



Os tres maiores centros de pintura italiana estão em Florença, Roma e Venecia. Entretanto, em tempos e modos diferentes outras grandes escolas de arte surgiram em diversas cidades italianas, razão porque decidí incluir pequenas introduções sobre as maiores e mais importantes delas.

Florença. uma cidade dominada pela família Medici, foi o maior centro de desenvolvimento artístico no século XV; outras áreas como Siena, Umbria e Urbino responderam em outras áreas artísticas. Desenvolvimentos independentes aconteceram em Pádua e também em Mantua e Ferrara ao norte da Itália. Foi no século XVI que Correggio trouxe importancia a Parma.

No princípio do século XVI Roma tornou-se dominante através de esplêndidos trabalhos de Michelângelo e Rafael e continuou a atrair artistas de toda Europa até o século XVII. O estilo barroco também cresceu em novos e importantes centros como Milão, Nápoles, Gênova e Bolonha.

A pintura veneciana do século XVI desafiou a florentina e permaneceu importante até o século XVIII. Entretanto, o crescimento do rococó trouxe nova glória a Venecia e também a Nápoles.

Em meados do século XVIII Roma tornou-se o centro do movimento Neo-Clássico – o escultor Antonio Canova trabalhou lá a partir de 1779.

O declínio arte italiana aconteceu no século XIX sob a influência de Macchaioli, uma escola de „plein-air“ dominada por Giovanni Fattori e totalmente direcionada ao Impressionismo Francês. Mais originais são as esculturas impressionistas de Medardo Rosso. A timidez da pintura italiana foi atacada pelos Futuristas (1905-15) que demandavam uma arte nova e radical. Esta nova arte expressou-se na velocidade e no glamor de um novo meio-ambiente criado pela força das máquinas.



Arte em Bérgamo e Bréscia



No século XVI, Moretto e seu aluno, Moroni, pintaram portraits realísticos com um pouco do calor e do estilo da arte veneciana.

De 1640 a 1740 pintores conhecidos como „pintores lombardos da realidade“ especializaram-se em portraits e natureza-morta. Baschenis pintou elegantes arranjos com instrumentos musicais; Frau Galgario pintou portrais humanos calorosos; Giacomo Cerutti produziu pinturas sórdidas de mendigos e aleijados.



Arte florentina



No princípio do século XV Florença, uma cidade mercante própera e estável dominada pela familia Medici, tornou-se o mais importante centro da Renascença. Os traços retos e a graça do Gótico Internacional foram destruídos pelas figuras energéticas de Masaccio e do escultor Donatello, apresentando um novo estudo do corpo humano e a descoberta das leis matemáticas da perspectiva.

No final do século XV os artistas se preocuparam menos com a solidez e mais com o movimento (Pollaiuolo) e com as belezas da linha (Boticelli).

A pintura do século XV é radiantemente fresca e viva perante à beleza re-descoberta do mundo natural. A arte de menores mestres como Gozzoli e Ghirlandaio, com suas festivas descrições da vida cotidiana, é um prazer aos olhos.

No comeco do século XVI Florenca alojou, por curto tempo, grandes pintores da Alta Renascença – Da Vinci, Michelângelo e Rafael.



Arte romana



Roma substituiu Florença como o centro artístico da Europa Ocidental do século XVI. O Papa Júlio II (um dos grandes patrões da arte) contratou Michelângelo em 1505 e Rafael em 1508: por mais de 10 anos os ideais de harmonia e balanço da Alta Renascença adquiriram o que se pode chamar de perfeição absoluta.

A partir de 1527 os trabalhos de Rafael e Michelângelo tornaram-se mais dramáticos e suas distorções propositais anticiparam as abstrações do Maneirismo. A Contra-Reforma foi um período de austeridade, porém no começo do século XVII os artistas procuraram voltar à natureza e a expressar novamente profundas verdades emocionais. Caravaggio conseguir trazer à arte o mundo do pobre e do oprimido; o afresco de Annibale Carraci no Palácio Farnese voltou aos ideais de Rafael. A partir de 1630 os artistas do Alto Barroco, patrocinados pelos papas, mostraram com paixão a renovada confiança na igreja católica romana. Esta era foi dominada por Bernini: seu uso do ilusionismo e sua intenção em unir arquitetura, pintura e escultura com efeitos de esplendor até então jamais adquiridos foram típicos do Barroco. Roma atraiu artistas de toda a Europa, sendo que os artistas da Europa do Norte desenvolveram novas maneiras para novos temas: paisagens e natureza-morta. Os estilos clássico, barroco e realístico permaneceram lado a lado durante todo o século.

Roma reassumiu importância nos meados do século XVIII quando tornou-se o centro do movimento Neo-Clássico: Antonio Canova, um dos primeiros e mais influenciais escultores neo-clássicos, chegou em Roma em 1779.



Cidade do Vaticano



Este pequeno e independente estado, centro da igreja católica romana, possui alguns dos maiores tesouros artísticos. Muitas vezes cansativa e frustante de ser visitada, entretanto uma obrigação aos amantes da pintura. O lugar de maior destaque é sem dúvida a Capela Sistina construida para Sixtus IV, com trabalhos de Ghirlandaio, Pinturicchio, Roselli, Signorelli, Boticelli (Moisés no Egito). No centro da capela está „A criação do Homem“, por Michelângelo, dando vida à beleza de Adão. Importantíssimas também no Vaticano são as salas de Rafael (que foi trazido a Roma por Julio II em 1509 para pintar uma suite de 4 salas).

As quatro salas são: „Stanza della Segnatura“ – caracterizada pela força do intelectual humano. „Stanza d`Eliodoro“ – com afrescos ilustrando intervenções miraculosas para proteger a Igreja. „Stanza dell`Incendio“ (1517) e „Stanza do Costantino“ (1517-28) que foram pintadas por alunos de Rafael. Muito controversial até hoje a participação do próprio mestre nestas salas.





Siena



Os mais importantes artistas sienenses trabalharam na primeira metade do século XIV. Duccio pintou algumas cenas sobre painéis de madeira; trabalhos de Simone Martini mostrando todo seu esplendor e elegância; afrescos de Ambroggio combinando a elegância sienense com um conhecimento do trabalho de Giotto e surpreendentes forças de invenção.





Úmbria



O mais importante pintor da Úmbria foi Perugino (1445-50) ; suas cenas religiosas gentís e suaves em sentimento e vivas à calma beleza da natureza, foram típicas da escola de Úmbria. É possível que ele tenha absorvido um sentimento de claridade de Piero della Francesca, que foi herdado por seu aluno Rafael.





Arte Veneciana



Venecia, a mais ligada ao Leste Europeu, respondeu bem mais devagar ao novo estilo da Renascença do que as outras cidades italianas. Uma grande paixão pelo decorativo e pela suntuosidade persistiram por todo o século XV; as famílias Vivarini e Crivelli produziram complexos altares. O naturalismo novo de Florença gradualmente se extendeu ao norte, porém o interesse predominante da escola veneciana foi em luz e cor. Uma atmosfera calorosa e contagiante preenche as pinturas de Giovanni Bellini; pequenos detalhes naturais são observados; suas Madonnas são sérias e gentís, imagens frágeis de tranquilidade. A nova beleza de sua cor dependia do uso da tinta óleo pura; Messina, que havia visto os óleos holandeses, veio a Venecia por redor de 1475. Giorgione pintou pequenas pinturas, estórias idílicas da literatura clássica que introduziu uma nova veia de poesia melancólica. O mundo de Tician, por outro lado, foi dinâmico e heróico; ele pintou altares, portraits, poesias; sua pintura pagã são radiantes viões da beleza perdida da Antiguidade. As pinturas de Tintoretto, tensas e estranhas, são dependentes dos dramáticos efeitos da perspectiva. A pintura do século XVII foi bem menos interessante, apesar de que Fetti, Liss e Strozzi trabalharam em Venecia.

O século XVIII viveu muitas cenas de Longhi e as visões de Venecia por Canaletto e Guardi. O mundo de Canaletto é um corte duro e claro, fortemente revelado em cada detalhe pela luz brilhante do sol; Guardi é bem mais evocativo, a luz obscura e as formas meramente rabiscadas.





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