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Contos-->Amiga odiada 7(contos) -- 17/06/2004 - 14:51 (Marcos Lazaro da Silva Bueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ao dar meia-noite, as iniciadas entravam vestidas com uma túnica preta para ressaltar a brancura de suas peles. Vinham todas descalças e com os cabelos soltos. Um banquete magnífico aparecia como que por encanto. A anfitriã dava um sinal, ao que imediatamente respondíamos. Umas ficavam sentadas, outras se deitavam sobre as almofadas. Pratos exóticos e excitantes, vinhos quentes eram consumidos com um apetite devorador. Estas mulheres que se serviam do deboche, parecendo ser frias e pálidas a luz do dia, sem que ninguém lhe dessem atenção, se cobriam, ganham vida, cor, esquentando-se pouco a pouco. Os vapores e as poções traziam calor e confusão a mente.
A conversa ficava cada vês mais animadas, barulhentas e confusas, terminando sempre em propostas obscenas, provocações delirantes, lançadas e feitas entre canções, risos e explosões dos corpos se chocando. As mais apressadas caiam imediatamente sobre as que estivessem mais próximas para uma demonstração violenta de prazer, ao qual eletrizava todo o grupo.
Os pares se formavam, se enlaçavam, se entregavam em praticas fogosas. Ouvia-se o lábio sugando a carne, misturado ao furor. Depois começava os sussurros abafados, as palavras gaguejante, sem nexo, os gemidos de ardor e êxtase. Logo os joelhos, seios, ombros não eram suficientes para os beijos desenfreados. Despiam-se as túnicas que eram jogas de lado.
Era um espetáculo único. Todos aqueles corpos tão femininos, elegantes e graciosos, presos uns aos outros, se agitando, se apertando com o refinamento e ousadia do momento. Se o excesso das delícias era diferente do grau de impaciência do desejo, nos separávamos por um instante para retomar o fôlego. Com os olhos em fogo, nos contemplávamos, e disputávamos para ver quem assumia a pose mais sensual, mais provocante. Quem, por seus gestos e por seu sarcasmo triunfava, via imediatamente a companheira enlouquecida, atira-se sobre ela aos beijos e caricias, para devorá-la até os centros mais secretos dos prazeres, colocando-se de maneira a receber também tais caricias. As duas cabeças escondidas entre as coxas não eram mais que um único ser, agitado e atormentado por convulsões, da qual espalhava o sussurro surdo da volúpia sensual, seguido pelo gemido de êxtase.
_ Elas estão gozando! Elas estão gozando! – gritava a cada momento as condenadas à maldição. As loucas se atacavam uma as outras, mas furiosas que feras lançadas na arena.
Apressadas em gozar, entregavam-se aos mais ardentes esforços. Levadas por saltos e impulsos, chocavam-se entre si, caindo assim com a respiração cansada, confusa e esgotada de tanta orgia e luxuria. Era uma confusão de corpos desfalecidos, suspirantes e empilhados na mais completa desordem, o qual a primeira luz do dia vinha iluminar.
_ Que loucura! – disse Paula.
Mas nós não parávamos por ai. Suas variações eram infinitas. Impossibilitas de termos homens, era a lei lugar, tornávamos cada mais que engenhosas em inventar jogos de prazer. Todas as histórias priápicas e obscenas da antiguidade e dos tempos modernos eram conhecidas por nós, sendo que a havíamos superado. Por hora, seria demorado demais contar todos os nossos segredos, nossos filtros misteriosos para recuperar as forças, despertar nossos desejos e nos satisfazer. Você poderia julgar nossas aventuras pelo tratamento dado a cada uma de nós a fim de intensificar o desejo carnal.
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