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Contos-->Amiga odiada 9(contos) -- 22/06/2004 - 13:47 (Marcos Lazaro da Silva Bueno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Foi assim. Depois de uma grande orgia, tivemos a idéia de nos transformarmos em homens. Com a ajuda de consolos atados à cintura, e de nos colocarmos em fila indiana, cada uma penetrava por trás com o consolo quem estivesse a sua frente. Assim, agarrados uma as outras. Começamos a correr feito loucas. Eu era a ultima dessa corrente, e em conseqüência, penetrava sem ser penetrada. Qual não foi a minha surpresa quando me vi vigorosamente sendo atacada por um homem nu, que não sei como estava entre nós. Um grito de pavor me escapou, as iniciadas fugiram assustadas, mas logo voltaram e caíram sobre o intruso.
Cada uma desejava terminar com a coisa real, um prazer começado com uma cansativa imitação. O animal, muito festejado, logo estava esgotado. Precisava ter visto o estado de fraqueza em que se encontrava. Seu membro pendente e flácido demonstrava toda a negatividade. Tive uma enorme dificuldade em reavivar aquela situação deprimente, mas também pude provar daquele produtor e reprodutor.
Agachada sobre o quase morto, com a cabeça entre suas pernas, chupei com tanta habilidade o adormecido senhor Priapo, que ele despertou vermelho e inchado, com um vivo de dar gosto. Acariciada também por uma língua hábil, em pouco tempo senti a aproximação de um incrível prazer, sentando-me gloriosamente sobre aquele cetro que conquistara. Dei e recebi um mar de volúpia.
Esse último excesso acabou com o nosso homem. Tudo foi inútil na tentativa de reanimá-lo. Você acredita? Do momento em que as iniciadas compreenderam que o pobre infeliz não tinha mais nenhuma utilidade, decidiram sem hesitar, matar e enterrar o corpo no porão do casarão, com medo de que suas indiscrições a comprometessem.
Foi em vão qualquer oposição a esse projeto criminoso. Em menos de um segundo, em uma coluna na horizontal, a qual suportava o peso do homem, foi jogada uma corda, onde uma das pontas foi presa a um gancho que ali havia. O homem recebeu uma pancada na cabeça e desmaiou. Carregado pelas iniciadas, colocaram-no com dificuldade em pé em cima de um banco e prenderam a corda em seu pescoço. Afastei-me, e de longe as vi retirarem o banco, e o corpo ficou suspenso no ar. Maravilhada com aquela demonstração de rigidez nervosa, Andréa sobe no banco, que estava ao lado, e sob aplausos de suas dignas cúmplices, se abraça no ar com a morte, tentando ser penetrada pelo cadáver.
Mas a história não acaba ai. Muito velha e fraca para suportar tal peso, a corda cede e se quebra. Morto e viva caem no chão, e Andréa fratura a perna. O morto, cujo enforcamento fracassara, ressuscita, e num acesso de nervos, ameaça estrangular Andréa.
Um raio caindo na multidão produziria menos efeito que essa cena. As iniciadas fugiram todas, apavoravas, acreditando que o demônio se materializara entre elas. Andréa foi abandonada sozinha, se debatendo nas mãos do ressuscitado.
Era claro que aquela aventura produziria conseqüências terríveis. Para evitá-las, escapei na mesma noite daquele antro de crime e sacanagem. Refugiei-me por algum tempo em outra cidade. Um jovem chamado Eduardo, entusiasta e sonhador, ficou apaixonado por mim. Eu estava cansada de dos prazeres imundos. Até então, apenas meu corpo havia sido sacudido, conheceu a vida, minha alma estava adormecida e ela despertou calmamente para os acordes puros e encantadores de um amor nobre.
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