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cronicas-->A primeira chuva a gente nunca esquece -- 26/12/1999 - 19:14 (Pedro Carlos de Mello) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Brasília, 21 de agosto de 1999. Hoje o dia acordou com cara de que iria chover. Nuvens escuras no céu. Vento rasteiro carregando as folhas derrubadas pelo Outono que passou. Uma leve sensação de calor em contraponto ao frio das manhãs dos últimos dias.
Desdenhei todos esses sinais. Ainda não era chegada a hora de chover em Brasília. Em outros dias, esses mesmos sinais já haviam se manifestado e em poucos minutos sumiram, como que reconhecendo o engano de terem se mostrado antes do tempo.
Saí de carro. Era sábado, mas, excepcionalmente, tinha que levar minha filha à escola para fazer uma prova. Na volta, ao contornar a rodoviária, no centro da cidade, eis a surpresa: pequenas gotas de água no pára-brisa. Olhei para os lados. Será que eu havia passado perto de um desses aspersores de água, comuns nesta época do ano, que aliviam um pouco a sede dos gramados e das flores do Distrito Federal? Não, não havia nenhum à vista. Olhei para o céu. O sol já se insinuava, tímido.
Continuei o trajeto, agora já no Eixão Norte. Os pontos de água no pára-brisa se concentraram. Era chuva mesmo. Nem liguei o limpador para não destruir aquelas gotas milagrosas que vieram desafiar a secura de Brasília. Queria prolongar aquele momento maravilhoso da primeira chuva depois de longos meses de estiagem. Mas eram gotículas, minúsculas, já quase consumidas pelo ar sedento, na sua trajetória rumo ao chão.
Dois ou três quilómetros ou minutos depois, a chuva só existia na minha memória. Eu fora um privilegiado, pois estivera no local e no momento exato da primeira chuva de Brasília da temporada, mesmo que a meteorologia, talvez, nem registre como chuva, por tão imperceptível que deve ter sido aos seus equipamentos.
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