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Poesias-->Deserto -- 20/04/2005 - 16:05 (Ana Lucia Herrmann) |
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Na minha natureza de extremas manifestações vivo,
buscando a felicidade , e o espaço entre...
não compreendo a necessidade de tamanha
intensidade e oposição... nem mesmo em todos
os atos e empatias
Não creio na dor que sinto, por puramente não saber
não creio no que vejo no espelho da minha razão
tão contraditória...
duvido do mais ínfimo mau pensamento sobre esta natureza
Me acostumei a estar atenta, a me defender
e hoje me defendo de mim mesma, ou daquilo
que nem mais existe...
na balança das emoções, sou jogada de um lado a outro
em opostos e intensas sensações, pelo gosto que adquiri
pelo concreto...
Não mais preciso brincar com meu coração, em nem mais um segundo
não mais preciso seduzir com idéias e alentos
o quanto eu estaria mentindo afirmando que não necessito de intensidade,
mas meu peito dói, minhas pernas não mais podem sustentar
e minhas idéias não podem mais entender esta lógica inventada...
eu não posso mais querer esta dor
Interceda por mim rei da floresta...
me traga um pouco de descanso por hora
me ajude a querer o bem, e dicernir onde ele está...
pois me perdi....
me guie do deserto novamente para a floresta...
pois preciso de alimento....
por favor, me desculpe por ir tão longe, sem conhecer
os limites, me achando dona das próprias razões que
regem a nossa floresta....
Me deixe deitar no verde para que o sol e a chuva
curem as feridas...para que os frutos me dêem a força
que perdi...
para eu estar de volta ao meu lugar certo....
e encontre a clareza de viver sem contradição
dentro do amor que trago, dentro da força que posso empenhar
e dentro da magia que aprendi para sobreviver...
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