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Cordel-->Ajudandu um amigu -- 26/01/2008 - 11:15 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carlos Silva
(poeta polivalente, cordelista, cantor etc.)

Meu cumpadi Airan
Bom doutor de alma pura
Caboclo conhecedor
De toda nossa fartura
Tu és mestre na medicina
Pois prá todo mundo ensina
O valor da rapadura

Que ela é dura eu sei
Mas que endurece eu não sabia
As partes baixas do cabra
Quando tá nas agunia
Será que tudo levanta
Por favor me agaranta
Que eu como quatro num só dia

Já me vejo aperreado
Tudo em mim tá caindo
Aquilo que aparecia
Nas pernas já tá sumindo
Num sobe e nem faz gesto
Tô aqui te sendo honesto
Por não ter mais alegria

A nega véia me chama
Faz um dengo se esforceia
Mas amigo eu agaranto
A coisa prá mim tá feia
Tô procurando a cura
Me mande a rapadura
Prá ver se a coisa bambeia

O bicho tá mais pindido
Do que oreia de gamela
Véve de cabeça baixa
Parece toco de vela
Quando óio pro ispeio
Fico roxo,azul vermeio
Olhando a triste mazela

Mais si ancê me prometer
Qui incontrou a solução
Me mande uns vinte quilos
Do viagra do sertão
Se essa merda não levantar
Então eu vou decepar
Num só golpe de facão

Ajudanu um amigu
Airam Ribeiro

É içu aí meu cumpadi
Us mais véi é quem falô
Qui quandu xêga as idadi
Us trem fica sem valô
Tonci us nordestinu
Já viu desdi mininu
Êça riceita dus dotô.

Mais us dotô qui falu
É daquelis du grotão
Aquelis qui tem us calu
Bem inrriba di suas mão
Elis tem a isperiênça
Ta na menti éça ciênça
Qui aprendeu nu sertão.

Sem fazê facurdadi
Aprendeu nu dia a dia
Qui a sustança pras idadi
Era vivê cum aligria
Mas éça aligria pra vivê
U trem num pudia deçê
Cinão!... Vigi Avi Maria!!!!!!!

Cabava du ômi a morá
Ci tivéci cunticidu
Êci fatu anormá
É iguá tanu murridu!
I us ômi nordestinu
Tem fama desdi mininu
Di ta cuns trem induricidu.

Na noiti inluarada
Despois di cumê rapadura
Um sinhô lá da chapada
Viu sua moli ficá dura
Um anu sem tê aligria
Foi correnu xamá Maria
Pro fim di sua amargura.

Derna êci dia pra cá
A nutiça foi correnu
Foi paçanu prus peçoá
U qui tava açucedenu
Danáru a prantá cana
Nas região das imburana
I a fama foi só crescenu.

Taí meu cumpadi
A históra da salução
A fama da rapadura
Pur todu esti sertão
É tantas as incomenda
Qui póça qui num atenda
Éça grandi isportação.

Mais óia qui nu japão
Tão querenu pra indurecê!...
Mais us bixin meu irmão
Lá é difici di ci vê
A fama da rapadura
Faiz a bixinha fica dura
Mais num faiz niun crescê.

Pra sua bixia nun ficá
Cuma orêia di gamela
Éça riqueza vô ti mandá
Pra ocê indurecê ela
Xupanu a rapadura
Ela vai ficá mutio dura
I li tirá da esparrela.

Vô ti mandá pur imêi
U’as boa quantidadi
Mais nun fica cum reçêi
Em pidí mais unidadi
Tenha mais paciênça
Pruquê éça ciênça
É a cura da filicidadi.

Joga fora seu facão
Podi ni min cunfiá
Cum mais cincu dia intão
A incomenda xega lá
Ancê vai vê qui maravia
Vai cê a sua serventia
Pra u bixin num decepá.

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airamribeiro@gmail.com
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