HOMENAGEM
CELSO BASTOS
Permito-me escrever algumas palavras, sobre o querido amigo e mestre de todos nós, Celso Ribeiro Bastos, o jurista e humanista, que partiu, deixando imorredoura saudade, mas marcou sua presença indelével, com seu esforço e trabalho, em prol do Direito e dos menos favorecidos, aos quais jamais faltou com a palavra de conforto e amizade.
Seu vigor invulgar, dedicou-o, até o último instante de vida, a criar sempre e, lutando heroicamente contra a doença, que o levaria para a eternidade, jamais se deixou abater, mesmo nos instantes mais dolorosos e trágicos.
Conheci-o, ainda, em São Paulo, na Procuradoria do Estado, onde iniciou sua vida profissional, despontando como um dos mais promissores estudiosos da Ciência do Direito.
Estudava. Pesquisava. Meditava. Escrevia. Não dava trégua à sua inteligência aguçada, à sua imaginação fértil. Seu espírito inquieto e indomável conduzia-o para um universo até então desconhecido e, mergulhado nos livros, que lhe alimentavam a alma faminta, não se deixava dominar pela adversidade. Pelo contrário, encontrava forças inesperadas e rompia o silêncio na busca desvairada da verdade, não importa onde estivesse.
Foi um bravo, um lutador, um gigante, um exemplo de vida. Transmitia a seus discípulos e amigos a energia e o desejo de um mundo melhor, mais humano, menos tormentoso, esculpindo para o porvir seus ensinamentos que jamais se apagarão e servirão para os pósteros.
Celso não morreu. Vive para sempre em nossos corações. A eternidade do homem, na Terra, traduz-se pelo que ele realiza, marcando sua passagem, de forma indelével e notável, quando se trata de seres humanos predestinados aos grandes feitos.
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