Hamilton Lima
Simpático filme, cheio de efeitos especiais, envolvente para quem é jovem. Assim é a película Star Wars, a guerra dos clones, em exibição na cidade.
O enredo é o de sempre, envolvendo heróis habilidosos, princesas encantadoras, e sobretudo, a luta pela democracia.
O jovem jedai - uma espécie de ser com poderes sobrenaturais(telecinésia, telepatia, e outros), fará tudo para manter a ex-princesa e atual senadora viva, para evitar uma guerra. A senadora é maluquinha e envolvente, pena que não precise de um assessor de imprensa também.
O jovem percebe que sua mãe está em perigo num distante planeta. A senadora sugere a viagem, poderia ser o capítulo o resgate da mãe do guerreiro .
No local onde deveria haver paz, amor e grande harmonia, a surpresa, os povos do deserto, aqueles desumanos, a levaram embora.
O jovem jedai desesperado chega lá, mas encontra a senhora machucada, torturada, e então liquida o povo do deserto, incluindo homens, mulheres e crianças.
Nada de mais, se também deixasse de ser incluída a cena do homem sem pernas, que apenas por este motivo não participou do resgate da amada esposa.
Os homens do deserto, cruéis na ótica americana como os líbios, os egípcios, os iranianos, os iraquianos, afegãos e todas as demais tribos árabes. Por coincidência vivem no deserto, e salvo alguns países, compram menos dos americanos do que deveriam comprar.
O homem sem pernas lembrou Roosevelt na cena de indignação do filme Pearl Harbour. Se tivesse pernas o homem teria enfrentado os japoneses.
Ah, quanta bobagem, o filme era apenas uma aventura. Depois, a única coisa estranha é que o mestre monstrinho nem chamou a atenção do jedi pelo massacre das crianças.
A semelhança com George Bush, que pede aos generais que lamentem quando arrasam aldeias cheias de civis no Iraque e no Afeganistão é coincidência. O mestre dos jedais - que expressão - sabe que o futuro da liberdade e da democracia depende dos sucessos nos massacres. Até que o filme é bonzinho.
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