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Contos-->Contos Verídicos...Encomendou a morte do compamheiro... -- 16/07/2004 - 09:51 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Há quatro meses a consumação dos factos trouxe à luz a evidência que havia já algum tempo se formou no espírito de Olga, tal como espécie de saco que vai enchendo, enchendo...

Ela contratou dois indivíduos para que eliminassem de vez o companheiro, dois pedaços de gente, de 37 e 49 anos, com tendência criminosa, sendo que um deles já tinha até cumprido 16 anos de prisão por homicídio. Ambos toxicodependes, os facínoras residiam em Guimarães, onde Olga, de 47 anos e desempregada, os contratou, combinando um preço que liquidaria após a conclusão do efeito que desejava.

A 26 de Março transacto, o Raúl circulava na A7 em seu automóvel, perto da cidade-berço, quando repentinamente foi surpreendido por uma explosão, cujo impacto miraculosamente passou ao lado de si e levou pelo ar o capô da viatura.

Estupefacto e sem suspeitar de intenções criminosas, saído ileso e recuperando a noção, chamou um reboque. Já na oficina, veio a novidade: por baixo do chassis do carro tinham sido colocadas várias velas de gelamonite e um dos artefactos não explodira, precisamente aquele que estava sob o assento do condutor.

Perante tão estranha ocorrência, a Polícia Judiciária iniciou desde logo averiguações no sentido de deslindar a meada que envolvia Raúl, o qual continuou a viver com a Olga sem que pela cabeça lhe passasse que se deitava todas as noites na cama com a mulher do demónio, que a partir dali até intensificou carinhosas e pouco habituais mesuras ao seu companheiro.

- Apre... Como é possível?... Boquiabriu-se Raúl quando foi chamado ao gabinete do chefe da brigada PJ que tomou o caso em mãos. - Não... Há engano de certeza, senhor chefe...

- Infelizmente, para si e para ela, não há engano algum. Temos provas irrefutáveis em como foi a sua mulher que lhe encomendou a morte... - ripostou o polícia serenamente.

A Olga e os dois energúmenos foram imediatamente detidos e aguardam em prisão o julgamento que avalíará e condenará seus actos. O Raúl passou a viver entre a sombra e a luz, quiçá perguntando-se quem são de facto os seres humanos. Franco e leal, como a querer distrair seu dono das coisas ruins da vida, o Bolero soergue-se e coloca ambas as patas nos joelhos de Raúl...

Torre da Guia = Portus Calle



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