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Cronicas-->Bar em Casa -- 09/08/2003 - 01:55 (Manfredo Niterói) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O carro dele havia quebrado logo na Estrada de Araras e já estava anoitecendo. Dos males o menor, uma vez que Flávia e Carlos estavam em outro carro. Seria tudo mais fácil se desde o dia anterior não estivesse toda aquela área sem sinal para a telefonia celular. Ele tentava sem sucesso ligar o carro e demoraram cerca de vinte minutos para decidir que Flávia e Ana, esposa dele, iriam até a estrada principal - uns 10 a 15 km de onde estavam naquela estrada secundária - para solicitar no posto que conheciam a presença de um mecànico para tentar fazer com que o veículo pegasse.

No caminho para o posto já havia se passado uns 5 minutos, quando Flávia perguntou para Ana.

- Vocês tem bar em casa?

Ela nunca havia ido na casa deles, embora se conhecessem há uns dois anos. Era a primeira viagem que faziam juntos e ele, antes de convida-los, havia perguntado a Ana se achava boa a idéia de viajarem juntos para a casa da Serra. Achou a pergunta normal pois Carlos, assim como ele, era apreciador de bebidas, desde que fossem em grante quantidade. Disse que sim e que já havia mandado o caseiro abastecer de whisky, vinho - que fez questão de frisar que era para ambas - e umas quatro caixas de cerveja já estavam no gelo.

- Uhmmmm... Tome cuidado, pois bar atrai o demónio! - falou sem tirar os olhos da estrada.

- Hããã...?? - desconcertou-se Ana.

- , você não sabe o que aconteceu comigo esses dias... Vai parecer estranho mas é a mais pura realidade... - disse com os olhos bem abertos.

Ana achou estranho, mas Flávia nunca fora de mentir. O que achou num primeiro instante é que ela deveria ser uma recém-convertida a uma dessas Igrejas Evangélicas. Conhecia uma penca de pessoas que haviam sido convertidas nos últimos anos. Mas Flávia começou a contar que estava com Carlos em sua casa quando derrepente sentiu-se invadida pelo diabo, que fazia sexo anal com ela. Desesperou-se e começou a gritar pelo marido que naquele momento estava sentado lendo uma de suas revistas sobre automóveis - uma de suas paixões - enquanto ela preparava mais um Martini para eles. Dizia que o Diabo a penetrava violentamente e que o marido levantou-se assustado.

- Estou sendo enrabada pelo Diabo! Estou sendo enrabada pelo Diabo! - gritava em altos brados dentro do carro como se estivesse na sala. Ana chegou a se assustar tal a altura dos berros. Pensou que era bom os vidros estarem fechados naquele momento pois passavam pelo vilarejo onde Ana fazia compras normalmente e era conhecida pelos comerciantes.

Disse que o marido fez pouco do caso dizendo que era impossível; que ela estava maluca pois estava vestindo calças jeans; que parasse com essa brincadeira. Ela continuava gritando.

- Você está dizendo isso pois não é quem está sendo enrabado! - falava com os olhos fixos na estrada com um pouco de ódio, parecendo que falava com o marido naquele momento. - Aiiiiiiiiiii!!!- gritou alto novamente assustando Ana.

Ana disse que era uma estória muito estranha mas que não duvidava dela, o que não era verdade. Agradeceu a Deus por estarem já entrando no posto. Acenou para o mecànico ainda dentro do carro. O assunto morreu por ali.


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Quando deitou-se naquela noite contou a estória para ele ao mesmo tempo que deixou claro que duvidava da sanidade mental da esposa de seu amigo.

Ele ouviu tudo calado e assim que acabou de contar a estória permaneceram em silêncio. Ele levantou-se um ou dois minutos depois e foi até o armário. Estava de cuecas - sempre dormiu assim, por mais frio que fizesse - e colocou uma calça de moleton. Depois começou a botar uma calça jeans surrada que só usava quando fazia serviços de jardinagem na casa.

- Vai pra onde a essa hora?

- A lugar nenhum amor - disse com naturalidade.

- Mas pra que essa roupa então?

- Nada não...

Ele veio deitar-se. Ela ficou em silêncio e depois disse:

- Você não...

- Eu nada! - interrompeu antes que ela terminasse a frase. Obviamente ela perguntaria se ele estava com medo que o coisa ruim tentasse algo com ele.

- Mas...

- Mas nada, ó Flávia!! - disse rispidamente.

Passaram uns dois minutos até que Flávia se levantasse e fosse até o armário. Quando ela o abriu ele disse para que ela dormisse do jeito que estava. Vestia um baby doll de seda que lhe dera no último Natal. Trocou-o por uma calça de tergal e uma camisa de botão.

- Porra... - ele resmungou.

- Porra o quê? Se você está com medo por que não posso estar também? Ele silenciou.

Mais um ou dois minutos em silêncio. "Tira isso, nós não temos bar no quarto"ele falou baixinho. "Tira você! Estou muito bem assim!"

Dessa vez ficaram uns cinco minutos em silêncio. Ele procurou sua mão e apertou firme. Depois a abraçou e começou a beija-la e acariaciar os seus seios até despi-la da camisa que usava. Quando começou a abrir sua calça tirou a camisa que vestia. BAHAMA MAMA, dizia a camisa. Brincou um pouco com sua vulva e parou. Deu um beijo em seu rosto e virou-se. Ela não entendeu nada e pediu para que ele continuasse. "Ëstou cansado, vou domir um pouco amor..." Ela indignou-se:

- Porra, que merda é essa? - gritou alto por saber que ele odiava isso? - Tira minha roupa, me deixa excitada e agora vira para o lado!!! - continuava berrando. Ele não se movia. Cutucou-o forte. - Fala bonitão!! Que porra é essa?

Ele virou-se lentamene. Pode ver os olhos dela brilhando de raiva naquela escuridão que estava no quarto e falou pausadamente.

- Você sabe como é, amor... se o diabo aparecer por aqui, que seja você a enrabada... com você já pelada e molhadinha o que ele ia querer comigo?

Ela botou a roupa novamente e acabaram dormindo com as nádegas coladas uma na outra naquela noite. Que bom não termos bar no quarto, ele disse antes de ficarem em silêncio até dormirem. Ela concordou.
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