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Cronicas-->De A a Z na Usina = Adriano de Mesquita -- 10/08/2003 - 21:46 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Não vale a pena! Nada vale a pena! Viver?!... Não vale a pena ter de passar o tormento de todas as angústias, às quais a vida nos remete. Amar... Não vale a dor do sofrimento que esse sentimento traz. Crer... Não vale a vazia esperança de esperar sempre para morrer. Não, não vale a pena viver, amar, crer e, depois de tudo, morrer.

Estou cansado... Um abatimento constante me esmorece a alma, uma tristeza para além de todos os sofrimentos me abate diariamente, e existir causa dor, cansaço e desànimo. Não, realmente nada vale a pena. Definitivamente nada vale a pena, e concluo, de mim para mim, que sequer fazer um simples gesto vale a pena, porque tudo é perdido e vão.

E fico pois aqui imóvel, absorto, neste momento em que apenas penso e até assim me sinto cansado na alma... Neste momento concebo ideias sublimes, ideias que são resultado de um processo quase infinito de pensar. Ideias, ideias, mais ideias... Só ideias que apenas consigo tê-las agora, porque me coloco aparte de tudo e de nada, pensamentos que mereceriam ser concretizados e quiçá perdurarem escritos para além de minha alma, pensamentos que exprimem tudo que sinto, tudo que sou, tudo que quero, pensamentos que provavelmente me levariam a um estado maior de alma e de existência.

Por estranha força do destino, poderei algum dia ser lido, por alguém em momento de indescritível solidão. Mas não! Não vale a pena sequer sonhar e levantar-me de onde jazo, cadáver-vivo, gastando a derradeira energia para escrever esses pensamentos, ainda que saiba que isso, talvez, valha um momento de alívio a alguém, como neste instante, por exemplo, me tranquiliza escrever este imperceptível desabafo à guisa de alívio. Praza todavia que valha a pena... E o óbvio anúncio que aqui tenciono transmitir fique apenas para mim.

Adriano de Mesquita

No meu caso, caro Adriano, valeu a pena lê-lo, tanto, que até o transmito. Há sempre alguém que o "vale a pena" tem o condão de extasiar e esse sentimento só por si faz mudar o rumo aos ventos agrestes. Afinal um nadinha basta para provocar um gigantesco impulso.

 
Torre da Guia



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