Eu, que morro
A cada momento,
Vivo a cada minuto
Reconstruindo textos
Que não existem de fato.
Apenas de ofício,
Pensam ser
Parte do mundo humano
Ou pano de fundo
Para a "psicopoesia"
Escrita no espaço livre
Das cabeças ôcas.
Eu, que morro e vivo,
Vivo e morro no modo
Anti-horário,
Testo a lei
E detesto o resultado.
Eu, que morro
Entre o aluguel e o aço
Da navalha,
Sei que a vida
Se espalha ao redor
Do verso.
PSICOPOESIA
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