Podemos, diante das nossas decepções, passar horas nos lamentando. O frustrante pode ser uma obra que não deu certo, pode ser algo relacionado com o afeto, ou qualquer outra coisa que não esteja como gostaríamos que estivesse.
O ato da lamentação mostra alguns fatos. Ou melhor, a lamentação é sinal de que no presente momento não dispomos de mais nada para fazer do que prantear.
Se nos dirigíssemos a Deus pedindo-lhe, em nome de Jesus, que dispusesse a realidade como gostáramos que ela estivesse disposta, não perderíamos nosso precioso tempo com chorumelas.
Imagine você, meu nobre leitor, se Deus na sua bondade poderia negar-lhe algo. Quem daria uma pedra a um filho se esse lhe pedisse um pão?
Pois é isso: se nós que somos menos bons damos aos filhos o que nos é pedido por eles, imagine então Deus que é o criador de todo o universo.
Se diante da casa ruída desejamos esquecer os dramas e prejuízos todos causados não seria melhor recomeçar a construção? Não é mais saudável e inteligente reiniciar o projeto do que tentar apagar o fracasso das páginas da história?
Poderíamos apagar o insucesso com um sucesso mais impactante? Não poderíamos contrapor as imagens de uma obra nova contra as dos escombros? É claro que sim! Mas antes é necessário o encontro com Deus.
Sabe aquela poeira levantada pelo choque dos entulhos contra o solo? É premente que nos levantemos, sacudamos a poeira e darmos logo a volta por cima.
Se todos os grandes homens contribuintes do progresso da humanidade tivessem estancado diante dos abalos causados pela contrariedade, nós não estaríamos nesse estágio de desenvolvimento.
Cumpre a nós, quando acusados de desvios de verbas, ou apontados como construtores fajutos mostrar o contrário. Mas não é oprimindo a geração testemunha das nossas falhas que conseguiremos melhoras.
É recomeçando, reerguendo as estruturas, refazendo os cálculos e fazendo chegar ao objetivo o nosso empreendimento.
Muitos acreditam ser necessário esquecer o passado. A inconveniência disso é o risco que se corre de vê-lo repetir-se.
Se Jesus Cristo tivesse esquecido o passado de seu povo, não teria ensinado aos que o admoestaram, quando Ele e seus discípulos, estiveram num campo de trigo e fizeram o que não era permitido num dia de sábado. Jesus ensinou que David, quando sentiu fome, comeu alguns pães reservados aos sacerdotes.
Então, meus amigos, não é mesmo verdade que se assentássemos um tijolo por dia, no final de algum tempo teríamos muito mais do que temos agora, quando ficarmos sentados, murmurando lamentações?
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