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Cronicas-->LUXÚRIA -- 14/08/2003 - 19:20 (Hilton Görresen) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O ambiente era de um banquete romano. Garotas dançavam seminuas, deixando à mostra toda a sensualidade de seus corpos morenos Quando a música parou...Peraí! Corta! Corta! Não é essa a história. Desculpe, caro leitor. Trata-se da história de Luxúria da Silva, moça feinha, de cabelos ralos e pernas finas. Na certa, nem sabe o que significa a palavra luxúria. Certamente seus genitores a leram em alguma parte e acharam bonitinha. Quando novinha era conhecida por Lulu. Sua irmã gêmea Lixívia, que era mais bonitinha apesar do nome, casou com um auxiliar de alfaiate.
Teve uma vida sofrida. Quando menina, deixou de ir à sua igreja depois que o pastor, após alguns atos de exorcismo, falou espumando, em altos brados: a luxúria é responsável por todos os vícios. Devemos acabar com a luxuria! A luxuria é abominável! Ficou traumatizada, mesmo sem saber o que significa abominável. Boa coisa não era.
Afastou-se de qualquer religião daí em diante. Todas condenavam a luxúria, isto é, sua humilde pessoa. Depois de mocinha, um dia presenciou uma cerimónia numa comunidade de hippies. O líder espiritual bradava: a luxuria é nossa deusa! Todos repetiam, de olhos arregalados: a luxúria é nossa deusa!. Sentiu-se nas nuvens. Nunca seu nome tinha sido literalmente tão endeusado.
Até que uns três ou quatro adeptos da seita a agarraram e arrastaram para o matinho ali perto. Quando ela gritava desesperada, diziam: calma, irmã, vamos praticar nossa religião. Enquanto praticavam na pobre moça, gritavam em uníssono: a luxúria é nossa deusa! Não conseguiu nem explicar que ela era a própria Luxúria, deviam respeitá-la. Desnecessário dizer que detestou mais essa experiência religiosa.
Daí a uns meses criou barriga, passou uma gestação difícil, cheia de traumas, e desembarrigou um piá cabeludinho. Não sabia dizer quem era o pai. Por via das dúvidas, deu ao filho o nome de Zé, nada de nome complicado. O que um nome faz a gente sofrer!

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