(ao Thales, à Ana Paula, ao Allan, à Beatriz,
à Laís, à Lethícia, ao Renan, ao Rodrigo,
ao Lucas, à Thais M., à Thais K., e à
Isabela)
Derramaram o azul,
Encharcaram as estrelas,
E o céu, que era mar
Fez-se rio, correnteza.
E as correntes tão frágeis
Que de nuvens são feitas
Não puderam parar
O azul rio de estrelas.
E o azul transbordou
Além-céu, além-mar
E os pedaços de chão
Se embeberam de ar.;
E as crianças olharam
Num encanto, a sonhar
Os pedaços de céu,
Os pedaços de mar.;
E, por fim, decidiram,
Vendo o céu transbordar,
Que o mar era frio
E não iam nadar.;
Hoje o céu fez-se rio,
E queriam voar!
© Brenno Kenji
27.11.2000
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