Poema solto de quem está.
Se quizer pode chamar-me,
Se os clarins da alegria
Soam doces p’rá você.
Se o olhar já é festivo ,
Ao raiar de um novo dia.;
Se sorrir ficou mais fácil,
Se quizer ,pode chamar-me.
Pode chamar-me,se quizer,
Se o prazer é incontido,
Se é pequeno seu espaço
P’rá guardar suas emoções.
Se tudo quanto fizer
For demais gratificante,
Ao prazer do seu prazer,
Se quizer,pode chamar-me.
Vou sorrir na sua alegria.;
Transformar-me em seu reflexo.
Se do côncavo ao convexo
A questão sempre é de ótica,
Se quizer,pode chamar-me.
Se, acaso,seu semblante
Transmudar-se,abatido,
E apagar-se o seu sorriso,
Se quizer,pode chamar-me.
Se desespero e tristeza
Se mesclarem em seu viver.;
Se seus olhos, tão alegres,
Se nublarem,orvalhados.;
Se o pranto impiedoso
Insistir na sua garganta,
Transformando seu sorrir
Em sentido soluçar:
Meu amor,ali ,por certo,
Muito perto,muito perto,
Qual gentil,zeloso anjo,
Seu amigo encontrará:
Nem é preciso chamar!!!
Don Juan D’Álamo,27/12/94
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