Usina de Letras
Usina de Letras
19 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Contos-->À Procura da Felicidade-alice toledo -- 18/08/2004 - 01:46 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
À Procura da Felicidade
Alice Toledo*

Há muitos e muito anos, existiu em Atenas, hoje capital da Grécia, um jovem camponês chamado Heitor.
Desejava conhecer a Felicidade. Vivia a perguntar onde poderia encontra-la. Certo dia disseram-lhe: numa Região ignorada, mora estranha ave lendária, a Fênix, ressuscitada de suas próprias cinzas, que dizem ser portadora da Felicidade.
Desde o momento em que soube da existência dessa ave, começou a pensar: - que região seria essa? Talvez esteja no Olimpo, a morada dos Deuses. Irei até lá. Se ela não estiver, eles me ajudarão a encontra-la.
Resolveu partir. Despediu-se de seus familiares, dos amigos e colegas e se foi mundo afora.
Andou, andou muito. Avistou uma montanha íngreme a qual parecia estar nas nuvens. Galgou, com dificuldade aquela montanha e chegou a um deslumbrante palácio, adornado de ouro e pedrarias. Parou e relfetiu: aqui deve ser o Olimpo.
Encontrou, logo, “Vulcano”, o Deus do fogo. Perguntou-lhe se sabia onde estava a Fênix.
Ainda irado com sua mãe Juno, de te-lo jogado ao Mar ao nascer, ele nada quis responder ao campônio.
Adiante, viu “Marte”, o Deus da guerra, pai de três filhos: o terror, o receio e a harmonia, de sua união com Vênus.
Marte, tão preocupado estava com as guerras do Oriente, nada informou ao mjovem aventureiro, que continuava a percorrer o Olimpo.
Deparou-se com Júpiter, o mestre dos Deuses. Indignado, repreendia Plutão, o Deus dos infernos, porque ele deixou as portas abertas e os Demônios saíram para a Terra, causando destruições e terrores aos seus habitantes. E dizia: - veja Plutão, quantos ladrões e assassinos estão no mundo. Você foi o culpado. – Heitor, ouvindo aquilo, nem ousou se aproximar deles. E lá se foi o campônio, caminhando, caminhando. Parou diante de um extenso salão ornado de rosas de todas as espécies, de todos os matizes e, de lírios.
Era o recanto de Apolo, o Deus das artes, cujo nome me grego significa Luz e Vida. É um dos mais famosos deuses do Olimpo, porque conduzia o carro do sol.
Apolo promovia uma festa surpreendente. Ouvia-se agradável melodia tocada por uma orquestra regida por Orfeu, o Deus da música. Lá estavam: Vênus, a Deusa da beleza; Baco, o Deus do vinho; Flora, a a Deusa das flores; Mercúrio, o Deus do comércio; Diana, a Deusa da caça; Minerva, a Deusa da sabedoria; Cupido, o Deus do amor; Morfewu, o Deus do sono e muitos outros Deuses; Lírio o Rei dos Jardins e a Rosa, a Rainha das flores também estavam presente, pois cuidaram da graciosa ornamentação. Todos sew divertiam alegremente, e dançavam ao som das liras. Ninguém notou a presença do pobre campônio que, em nenhum momento, desistiu de seu objetivo: encontrar a Fênix.
Lá adiante, viu Esculápio e Hipócrates, o Deus e o pai da Medicina. Dialogavam preocupados com as doenças incuráveis. Falavam em descobrir o remédio para esses males, por isso não deram ouvidos a Heitor.
O nosso herói caminhava por aquele misterioso mundo, quando se deparou com Netuno, o Deus do mar. Este é que estava mesmo irado, com a mortandade dos peixes;não podia compreender a causa daquela catástrofe. Em represália ia pôr seu tridente em ação, causaria maremotos, levantaria rochedos, abalaria o mundo, pois ele era o soberano das águas, e , não admitia qualquer agressão no seu Universo.
Heitor procurou fugir o mais depressa possível.
Cansado, meio desiludido com os embaraços encontrados, resolveu procurar o portão de entrada, porque talvez chegasse algum Deus ou alguma Musa retardatária. E, que agradável surpresa! Iam entrando Clio, a Musa da história e Menemoniza, a Deusa da memória. Alegres, cumprimentaram Heitor. Clio perguntou-lhe o que fazia naquelas paragens. Procuro a Fênix, a ave portadora da felicidade. E a musa da história logo o informou: a Fênix é uma ave lendária do Egito; vivia em seus desertos, por isso será mais fácil você encontra-la por lá. Agradecendo o nosso intrépido camponês partiu do Olimpo, rumo àquela Terra dos Faraós.
Alguns dias após, chegou ao Egito. Ficou maravilhado com o que via: obeliscos, templos, pirâmides consideradas “uma das sete Maravilhas do Mundo” e, finalmente, estava admirando os camelos apelidados “navios do deserto”, quando foi surpreendido por um Felá; a aos Felás (klavradores) se atribui a prosperidade daquele País.
Curioso, o Felá perguntou-lhe: que faz aqui moço? Procuro a Fênix. Caminhe mais um pouco, chegue ao Deserto próximo. E assim foi.
Heitor avistou uma ave de plumagem verde e bico vermelho. Era a Fênix. Aproximou-se dela e, gentilmente, falou: por favor mostre-me a Felicidade. A Fênix rindo respondeu-lhe: a felicidade está com você, meu jovem. Dia a dia está conosco. Mas muita gente não a percebe. Deixa por motivos fúteis a tristeza, o pessimismo, a insatisfação tomar conta de si; ela se afasta porque não tolera a falta de fé, o inconformismo. Deu-lhe também alguns conselhos. Heitor dizendo “muito obrigado”, despediu-se da Fênix e voltou para casa, onde seus familiares o esperavam. Narrou a todos as afirmações da ave lendária. Das lições de vida que recebera, vejam a que ele repetia constantemente:
“No caminho ao encontro da verdade ou de um objetivo, há sempre fortes obstáculos. Para transpô-los devemos ser corajosos e tenazes, mesmo que nos custem sacrifícios imprevisíveis”.
Foi assim o término da odisséia desse jovem campônio.
(*) Poeta paraibana, membro da Academia Paraibana de Poesia. Professora de literatura francesa. Pertence ao Instituto Dante Alighieri em João Pessoa-Pb. Escreve em prosa e verso. Funcionária pública federal aposentada.
.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui