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Artigos-->Tudo se cria, Tudo se copia -- 14/08/2002 - 13:43 (Valdir Antonelli) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Há muitos anos já se repete o ditado que diz que, nas artes, nada se cria, tudo se copia. E, claro, na música isso fica ainda mais latente. Todos os ritmos, todos os estilos foram originados de outros. O blues como uma vertente do jazz, o rock vindo do blues e todos estes tendo como base ritmos negros um tanto quanto esquecidos. Claro que cada um destes - e outros que aparecerão pelo caminho - trouxeram mudanças significativas à música e por isso não podem ser chamados de cópias, mas sim de influenciados por outros, ainda mais quando vemos que o caminho contrário também existe. Ou seja, o rock influenciando novos grupos de jazz e afins.



Um dos exemplos mais marcantes é o do nosso samba. Formado pelos ritmos que os escravos trouxeram da África, foi tomando uma forma com o passar dos anos que em nada lembra sua descendência. O samba mudou tanto que hoje existem sub-gêneros como pagode, samba-rock (que está voltando com força), samba de mesa, e até mesmo o samba enredo, que tem uma estética totalmente distinta dos demais, algo muito mais cadenciado que na verdade lembra mais a uma marcha do que a um samba propriamente dito.



Poderia ficar enchendo estas linhas com vários exemplos, como o jazz, que se misturou tanto que até bandas como Belle & Sebastian chegam a tocar um festival dedicado ao gênero. Ou mesmo o blues que é visto entre artistas tão dispares quanto Deep Purple e B.B King. No caso do rock então, a coisa é mais maluca ainda. Todos os estilos são usados como base, como inspiração ou até mesmo para dar um charme especial à banda.



O Belle & Sebastian, já citado, por exemplo usa instrumentos mais vistos na música clássica, como o violino e violoncelo. Grupos brasileiros como o Raimundos, em seus primeiros discos, apostaram no forro misturado ao seu hard core. Outros grupos apostam mais na regionalidade, como o Nenhum de Nós e Engenheiros do Havaii que pegam elementos da música dos pampas e os incorporam às suas próprias composições. Existem grupos na Irlanda que mesclam a música celta aos instrumentos elétricos, até mesmo o nosso vizinho tango já foi usado. Como vemos tudo é possível quando se fala em

música.



Estas influências mais regionais funcionam como um chamariz, ou até mesmo como uma tentativa de conquistar aquele ouvinte não muito chegado a coisas diferentes, mas ligado a coisas tradicionais, se funciona por um lado, pode ser

devastador. Em entrevista dada ao site Songweb (www.songweb.com.br). O Thedy, líder do Nenhum de Nós diz isso. A banda resolveu apostar no som dos pampas misturado ao seu pop/rock. A gauchada adorou, mas a banda acabou perdendo terreno

no resto do país e é mais conhecida pelo seu primeiro hit Camila Camila.



O único cuidado é que não podemos exagerar nas influencias, senão acabamos sendo chamados de plagiadores e isso não é assim tão incomum quanto pensamos. Vários artistas, famosos ou não, já foram vitimas, ou acusados de plagio. Um dos

mais famosos é o caso envolvendo Rod Stewart e Jorge Benjor. No caso o inglês copiou a base de Taj Mahal e colocou em Da Ya Think I m Sexy?, lançado no álbum Blondes Have More Fun. Benjor ganhou a causa e teve seu nome creditado nos

lançamentos atuais que tenham esta música. Mas até isso acontecer, muitos anos se passaram. Outros casos envolveram artistas do calibre de U2, Roberto Carlos e mais uma penca.



Mas casos como o de Benjor são muito difíceis de serem provados, não sei ao certo a quantidade de notas iguais que configuram o plagio, muitas vezes temos certeza que a base foi copiada de outro, mas se falta exatamente uma nota, não é

plagio. Fica então apenas a consciência do artista que não teve criatividade suficiente para criar a sua própria obra e tenta faturar com a criatividade alheia.

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