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Cordel-->O triná dos sabiá - dueto -- 17/10/2008 - 09:52 (Airam Ribeiro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O triná dum cazá de sabiá
16/10/2008 13h05 - ELIANA

Passarinhu inté chorô,
Ao orvi essa canturia;
Eli si disisperô
I avuô di aligria.

Ieu oiandu u passarinhu
Alembrei duma passagi;
Quandu eu era bem minina
I morava in otra cidadi.

Nu terreru eu brincava,
I mirava cum tristeza;
Sabiá cantava mágoa,
Na gaiola tava prêsa.

U meu pai criava um monte
I cuidava cum carinhu;
Ele dáva di cumê,
I prendia us bichinhu.

Eu achava aquilu erradu
I ficava só oiandu;
Sabiá memu tristonha
Na gaiola só trinandu.

Eu oiáva a gaiola,
Parecia prisionêru;
Foi intão qui resorvi,
Libertá dus cativêru.

Eu sortei us Sabiá,
Um pur um, cum alegria.
Cada pena qui avuava,
Eu rezava ave-maria.

Fiz uqui mia cunciencia,
Quéla hóra mi mandô;
Na varanda di minha casa,
Num queru prêsu ninhum cantô.

Apanhei qui nem cachorro,
Tivi qui passá sarmôra;
Genti antiga é muitu bravu,
Mi batêu cuma vassôra.

Mai ieu nem disisperei,
Num sortei chôru nenhum;
Alembrei das Sábia,
Avuando um a um.

Cuntei issu aqui pro cê,
Pra minharma liviá;
Toda veiz qui venhu lhi vê,
Coração só qué cantá.

Tenhu ocê iguar passarinhu,
Presu aqui nu meu arpão;
Eu tomem no seu tô presa,
E daí num saio não.

Se ancê reincarná,
Comu um Sabiá facêru;
Ocê trate di avuá,
Iguarzinhu um forastêru.

Lembri qui Nosso Senhô,
lamentô iscravidão;
Eu vô lhi ti dá abrigu,
Dentru du meu coração.


Airam Ribeiro

Ocê ta mêi isquizito!
Ancim Jesuis min falô.
Cadê aquele isprito
De um sabiá cantadô?
O seu cantá é de sôdade
Largue a eternidade
Vá pra fila dos reencarnadô.

Vá cê um sabiá facêro
Você merece estar lá
Volte praquele terrêro!
Jesuis foi ancim min falá.
Nêci belo incantamento
Já tava ali no momento
Praqueli ovin perfurá.

Intonci naquele nin
Cumeçô funcioná
Aqueli meu biquin
Fez o ovin logo quebrá
Entonci naquela noite
Cum o vento sem açoite
Eu vi o clarão do luá.

Ali caia o orvai
Mais eu num liguei não
Pois mamãe no seu trabái
Já fazia a isquentação
Aos pôco fui min ajeitano
Ali eu já tava vuano
E no bico fazeno afinação

Vortei novamente a cantá
Naqueli pé da amoreira
Certo dia avistei lá
Vuano a cumpanhêira,
Ela min reconheceu
E vêi cantá mais ieu
E cantemo a noite intera.

Min contô uns cauzu
Do seu tempo de minina
Dum pai qui fêiz um discauzu
Cás sabiá pequenina
Contano ancim cum tristeza
Por vê as bixinhas preza
Sem cantá nu’a triste sina.

Mais aquele seu coração
Qui era de sofredôra
Sortô as sabiá do arçapão
Levano surra de vaçôra
I ieu sintino u’a gunia
Pareci qui naqueli dia
Tomém tumava bãi de sarmôra.

Minha amiga sabiá
Num gosto de iscravidão!
Vô as porta iscancará
Pra intrá no meu coração
Ela vai ficá iscancarada
Nun quero vê ela fexada
Ni niuma ocazião.

É um amô de liberdade
Num nacemo pras prizão
A grande filicidade
É nóis vuá na imencidão
Num ir i vir constante
Fazeno um vuá razante
Nos ninho do coração.

Tomém no seu coração
Quero tê a liberdade
De cantá cum emoção
Um canto de felicidade
Meu cantá feliz bem digo
Qui é um cantá de amigo
De u’a suavi sonoridade.

Estarei no seu jardim
Ocê sabe ondé meu ninho
Quando quizé um carin
Vá ci aproxegano de fininho
Ocê ta no meu coração
Vamo vivê as trinarção
Qui Deus dexô nos paçarinho.
Airam Ribeiro
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